Ucrânia será parceira estratégica de defesa do Brasil?

Ao contrário das conversas anteriores, desta vez a visita pode ter resultados mais concretos reporta a publicação especializada Defense Express

DefesaNet | Defence Express

Kiev - Ucrânia - Esta semana, delegação da República Federativa do Brasil chefiada por Eduardo Bolsonaro, membro da Câmara dos Deputados do Brasil, Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Câmara Federal, chegou na Ucrânia.

A partir da Esquerda o Embaixador Brasileiro em Kiev, Sr.. Norton de Andrade Mello Rapesta, Dep Federal Eduardo Bolsonarro (PSL/SP), Embaixador da Ucrânia no Brasil, Rostyslav Tronenko

Além de realizar palestras oficiais e reuniões com representantes da indústria de defesa ucraniana, os convidados brasileiros visitaram várias grandes empresas ucranianas (Antonov, Luch e Arsenal) e conheceram algumas novidades do armamento doméstico em demonstração organizada pela Empresa Estatal "SpetsTechnoExport".

Neste último, na presença do Embaixador da Ucrânia no Brasil, Rostyslav Tronenko, e do Embaixador do Brasil na Ucrânia Norton de Andrade Mello Rapesta, Eduardo Bolsonaro pôde avaliar pessoalmente os produtos, que em sua maioria (exceto para a exposição da JSC "Mayak Plant") eram amostras privadas empresas (incluindo muitos membros da Liga de Empresas de Defesa da Ucrânia).

Ao contrário do primeiro evento do realizado no ano passado (novembro-dezembro 2020), onde além dos próprios militares brasileiros incluía representantes da indústria de defesa do país, esta visita pode ser muito mais específica e produtivo.

O fato é que o chefe da delegação brasileira, Eduardo Bolsonaro, é o responsável direto pelo orçamento militar da República Federal. Ou seja, podemos supor que, após uma avaliação preliminar das capacidades da indústria de defesa da Ucrânia, o lado brasileiro possa "considerar" projetos ou modelos específicos para seu exército.

Além disso, Eduardo Bolsonaro, como ex-oficial das forças especiais, é capaz de avaliar de forma independente algumas das armas e sua possível eficácia e necessidade no exército da República Federal, e provavelmente tem alguma influência sobre outro ex-militar - o atual Presidente do Brasil Jairo Bolsonaro (seu pai).

Assim, na sequência dos resultados desta visita, podemos esperar o aprofundamento das relações bilaterais na área da defesa entre os dois países e a conclusão dos primeiros contratos.