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O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, contou ao canal de notícias MSNBC que caso o Talibã consiga tomar controle do país, o Estado afegão se tornará um "Estado pária".
Ex-mujahideen apoiador das forças afegãs no combate ao Talibã, província de Herat, Afeganistão, 10 de julho de 2021 © REUTERS / JALIL AHMAD |
De igual modo, Blinken acrescenta que se isso acontecer, o Afeganistão não vai receber a ajuda que espera da comunidade internacional.
"Temos grandes preocupações sobre as ações que o Talibã está tomando, [pois] indicam que pode estar tentando tomar o país à força, mas se isso acontecer, o Afeganistão passaria a ser um Estado pária [...] Não obteria [nem] a ajuda que está buscando [nem] o que o Talibã diz que deseja - caso tenha alguma responsabilidade pelo país. Não obteria o apoio da comunidade internacional que diz querer", declarou o secretário de Estado norte-americano.
O diplomata sublinha que Washington não defende uma solução militar para o país em causa, mas que está buscando um jeito de terminar um conflito que já dura há quatro décadas.
"Estamos fornecendo nosso apoio por meio da nossa embaixada e por meio de outras embaixadas para o povo afegão e, ao mesmo tempo, estamos trabalhando para cumprir nosso compromisso com aqueles que nos ajudaram e colocaram suas vidas em risco - intérpretes, tradutores - eles estão se beneficiando de um programa chamado de programas de Visto Especial de Imigrante, que permite que busquem vistos para virem para os EUA [...] Estamos avançando muito, muito rapidamente com esse programa", afirmou Blinken.
O Afeganistão se encontra sob uma escalada de violência, à medida que as forças internacionais se retiram do país. Desde o início de sua saída, o Talibã tem conduzido missões ofensivas, conquistando vários territórios.
O representante do grupo, Zabiullah Mujahid, teria afirmado na quinta-feira (22) que 90% dos territórios perto das fronteiras do país já estariam sob seu controle, informação refutada pelo ministro da Defesa afegão, Fawad Aman, chamando isso de "mentira absoluta" e "propaganda sem fundamento".