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O portal Military aponta que, se algum dia os EUA e a Rússia se enfrentarem no Atlântico, a batalha seria dirigida a partir de Norfolk.
© AP Photo / Marinha dos EUA |
O novo comando será responsável pelas regiões do Atlântico e do Ártico. A OTAN tem mais dois comandos da força conjunta – um em Brunssum, nos Países Baixos, e outro em Nápoles, Itália, na região do Mediterrâneo.
Durante a cerimônia, realizada a bordo do navio de assalto anfíbio USS Kearsarge, o general Mark Milley, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, disse que o comando é necessário para evitar uma guerra sangrenta e destrutiva contra os principais adversários – ou para ganhá-la se o conflito eventualmente irromper.
"É missão deste comando combater na batalha do Atlântico em caso de conflito armado", disse Milley. "Pensem nisso. Se conhecem a história, e conhecem a Segunda Guerra Mundial, sabem como isso foi importante".
O general norte-americano disse ainda que o Atlântico seria crucial se outra guerra eclodisse na Europa.
"A sobrevivência da OTAN, o sucesso ou fracasso em combate em uma guerra futura [...] na Europa dependeria em grande parte do sucesso ou fracasso deste comando e sucesso ou fracasso da batalha do Atlântico", afirmou.
Em suas declarações, o vice-almirante Andrew Lewis, comandante da 2ª Frota da Marinha e chefe do novo Comando da Força Conjunta alertou sobre o aumento da atividade russa e chinesa no Atlântico.
"Não podemos mais assumir que temos o controle do Atlântico, como tínhamos no final da Guerra Fria", frisou. "Estamos novamente sendo desafiados por ameaças nessas águas. Ambas [a Rússia e a China] aumentaram sua presença no Atlântico, desde o Círculo Polar Ártico ao Polo Sul", ressaltou.
A cerimônia assinalou a plena capacidade operacional do comando, o que significa que a estrutura é capaz de executar todas as missões e capacidades para que foi projetada.