Sputnik
"O Ocidente de fato escolheu um rumo em direção à aplicação de pressão estratégico-militar, política e psicológica sobre a Federação da Rússia. E também à escalada intencional da tensão militar perto das fronteiras com a Rússia, o que não favorece a estabilidade estratégica", disse Popov em entrevista à Rossiyskaya Gazeta.
© Foto / Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, foto feita pelo sargento Pablo D. Morrison |
Ele notou que como instrumento da pressão provocativa foram escolhidas as forças navais dos países-membros da OTAN. Além disso, os princípios do direito internacional e as tradições navais longamente estabelecidas são interpretadas pelo Ocidente de forma arbitrária, considera Popov.
Recentemente, o presidente russo Vladimir Putin aprovou a nova redação da Estratégia de Segurança Nacional da Rússia, o decreto correspondente foi publicado em 3 de julho.
A nova estratégia do país, conforme as palavras de Popov, tem como tarefa principal "manter a liderança da Rússia no desenvolvimento e fabricação de novos (perspectivos) tipos de armamentos, de material militar e especializado, bem como a manutenção em nível alto do estado moral, político e psicológico dos militares", esclareceu ele.
O funcionário russo também adicionou que a cota parte total de armamento moderno nas Forças Armadas da Rússia deve se manter em pelo menos 70%, objetivo determinado pelo presidente Putin e atingido no país em 2020.
Incidente com destróier britânico
A entrada de navios da Sétima Frota da Marinha dos EUA no mar do Sul da China provoca o país asiático a tomar ações recíprocas de maneira análoga ao incidente com o destróier britânico HMS Defender no mar Negro.
"Ações provocativas análogas são realizadas pelos EUA e seus aliados próximos também em outras regiões do mundo. Um exemplo que descreve isso é o programa Liberdade de Navegação. No âmbito deste se realizam entradas sistemáticas dos navios da Sétima Frota da Marinha dos EUA em águas do mar do Sul da China que a China considera suas", detalhou o político.
Neste caso, ele relembrou o recente incidente com o destróier britânico Defender, que em 23 de junho atravessou a fronteira russa perto da Crimeia. Na ocasião, um navio da guarda fronteiriça russa emitiu vários avisos e depois disparou tiros de advertência, enquanto um avião Su-24M realizou um bombardeio de advertência no sentido do percurso do navio.
"Tais ações serão interrompidas no futuro pela Rússia usando os métodos mais duros, independentemente da pertença nacional do perpetrador", disse ele, aconselhando os oponentes da Rússia a pensarem melhor antes de organizarem provocações semelhantes.
Popov também contou que a OTAN treinou a superação das áreas de proteção russas nas recentes manobras da aliança Defender Europe-2021 nos mares Negro e Báltico, em junho de 2021.