Em março deste ano, o premiê britânico, Boris Johnson, revelou uma nova revisão da política externa do Reino Unido, na qual Londres é obrigada a "entender melhor e responder aos desafios sistêmicos impostos pela China".
Sputnik
Na terça-feira (20), o Ministério da Defesa do Reino Unido anunciou que enviará dois navios de guerra para uma presença permanente na região da Ásia-Pacífico. Já Pequim, por sua vez, advertiu Londres a não mostrar seus músculos militares.
HMS Spey | Marinha Real |
Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, contou aos repórteres na quinta-feira (22) que o governo chinês respeita a liberdade de navegação e de sobrevoo nas águas em seu redor, algo que diz ser "apreciado por todos os países de acordo com a lei internacional".
Além de apontar que Pequim "se opõe firmemente à prática de mostrar os músculos contra a China", Zhao acrescentou que o desejo de Londres de enviar seus navios de guerra para a Ásia "mina a soberania e a segurança da China e prejudica a paz e a estabilidade regionais".
O envio dos novos navios de patrulha costeira da Marinha Real britânica, HMS Spey e HMS Tamar, tem como objetivo apoiar operações com a Austrália, o Japão e Cingapura, bem como, possivelmente, com os EUA, de acordo com Ben Wallace, secretário de Defesa do Reino Unido.
A decisão foi anunciada após Wallace se ter reunido com o primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, e o ministro da Defesa japonês Nobuo Kishi, destacando que Londres e Tóquio têm o dever de "proteger aqueles que não podem se proteger de adversários que os ameaçam".
Agora, o grupo de assalto do porta-aviões HMS Queen Elizabeth deverá navegar por águas disputadas no mar do Sul da China que, por sua vez, não são apenas reivindicadas por Pequim, mas também pelas Filipinas, pelo Brunei, pela Malásia, por Taiwan e pelo Vietnã.