Por Redação Forças de Defesa
O presidente francês Emmanuel Macron disse na quinta-feira (8/7) que estava encerrando a operação francesa de oito anos na região do Sahel, na África, particularmente em Mali, onde os militares do país travaram uma batalha contra os insurgentes islâmicos.
Status da Operação Barkhane em 2019 |
Em uma entrevista coletiva em Paris antes da Cúpula do G7 de amanhã, o presidente Macron disse que a região do Sahel se tornou “o epicentro do terrorismo internacional” nos últimos anos, mas disse que a França não poderia manter uma presença “constante” lá.
“Não podemos garantir certas áreas porque alguns estados simplesmente se recusam a assumir suas funções. Caso contrário, é uma tarefa sem fim”, disse ele.
Macron acrescentou que a “presença de longo prazo” das tropas francesas “não pode substituir” os Estados-nação que cuidam de seus próprios assuntos.
Qualquer papel do exército francês seria focado no treinamento e equipamento das forças de segurança africanas, disse Macron, acrescentando que o cronograma ainda não foi finalizado. Ele não deu mais detalhes sobre os possíveis números de redução de tropas.
“Chegou a hora: a continuação de nosso compromisso no Sahel não será da mesma maneira”, disse Macron a repórteres, enquanto clamava por uma “transformação profunda” e uma nova força internacional para fornecer segurança para a região.
A França tem atualmente 5.100 soldados na região do Sahel, que abrange meia dúzia de países. Um ponto crítico é Mali, uma ex-colônia francesa que viu um segundo golpe militar em nove meses.
FONTE: DW