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O Artigo 5 do tratado fundador da OTAN afirma que um ataque a qualquer um dos 30 aliados será considerado um ataque contra todos eles. Até agora, este só se aplicaria a ataques militares mais convencionais, isto é, em terra, no mar, no ar e, mais recentemente, no espaço cibernético.
© AFP 2021 / Paul J. Richards |
Durante o encontro, os líderes disseram considerar "que os ataques de, para, ou dentro do espaço" podem ser um desafio para a Aliança Atlântica, ameaçando "a prosperidade, a segurança, e a estabilidade nacional e euro-atlântica, e podem ser tão prejudiciais para as sociedades modernas como um ataque convencional", citados pela agência AP.
"Tais ataques podem levar à invocação do Artigo 5. [Contudo] a decisão sobre quando esses ataques levariam à invocação do Artigo 5 deverá ser tomada pelo Conselho do Atlântico Norte, [estudando] caso a caso", afirmaram, citados na matéria.
Atualmente, cerca de dois mil satélites orbitam a Terra, mais da metade operados por países da OTAN, monitorando serviços de telefonia móvel, serviços bancários, e até previsões do tempo. Os comandantes militares, de igual modo, contam com alguns desses satélites para navegar, comunicar, compartilhar inteligência e detectar lançamentos de mísseis.
Em dezembro de 2019, os líderes da OTAN declararam o espaço como o "quinto domínio" de operações da aliança, seguido dos domínios da terra, do mar, do ar, e do espaço cibernético. Muitos dos membros consideram necessária a inclusão deste quinto elemento, de modo a conterem alegadas ameaças vindas da China e da Rússia.
Até agora, cerca de 80 países têm satélites, mas várias companhias privadas também já estão trabalhando para o desenvolvimento de capacidades de defesa espacial.
O presidente dos EUA, Joe Biden, tem tentado tranquilizar os países da aliança que compartilham suas fronteiras com a Federação da Rússia, sublinhando o compromisso de Washington com seus aliados europeus - e com o Canadá - desde que assumiu o cargo de presidente.
Biden afirmou nesta segunda-feira (14) que o Artigo 5 é "uma obrigação sagrada" entre os aliados. "Eu só quero que toda a Europa saiba que os EUA estão lá [para a ajudar]", citado pela mídia.