France Presse
Israel, considerada a única potência nuclear do Oriente Médio, se opõe fortemente ao acordo nuclear iraniano alcançado em 2015 com as grandes potências.
Israel, considerada a única potência nuclear do Oriente Médio, se opõe fortemente ao acordo nuclear iraniano alcançado em 2015 com as grandes potências.
Chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, Aviv Kochavi, em Washington em 21 de junho de 2021 |
O Estado hebreu acredita que o pacto pode levar o Irã a desenvolver armas nucleares e ameaçar sua existência.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, quer retornar ao acordo, que deve enquadrar o programa nuclear iraniano e do qual o governo Donald Trump saiu em 2018, restaurando as sanções contra o Irã.
Em resposta, o Irã, que nega buscar se equipar com uma arma nuclear, revisou alguns de seus compromissos no tratado.
Negociações envolvendo o Reino Unido, China, Alemanha, França, Rússia e Irã foram realizadas em Viena nas últimas semanas com o objetivo de fazer com que os Estados Unidos voltem ao pacto.
Na Flórida, o general Kohavi se reuniu com o general Frank McKenzie, chefe do Comando Central do exército dos EUA para o Oriente Médio (Centcom), para discutir a questão iraniana, a guerra de 11 dias em maio entre o exército israelense e o movimento palestino Hamas, assim como sobre a Síria e a coordenação entre os dois países.
"A cooperação entre Israel e o exército dos EUA é sem precedentes em sua magnitude e atingiu novos níveis", disse o general israelense em um comunicado divulgado em Jerusalém pelos militares.
"O objetivo principal e comum do campo de ação de ambos os exércitos é derrotar a agressão iraniana", acrescentou.
Kohavi apresentou às autoridades americanas "vários meios para evitar que o Irã adquira capacidades nucleares militares", segundo o comunicado.
O chefe do Estado-Maior retornará a Israel na sexta-feira após uma visita de vários dias aos Estados Unidos.