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A ação poderia incluir "operações de liberdade de navegação" (FONOPS, na sigla em inglês), utilizadas pelos EUA para contestar reivindicações marítimas de outras nações que não aprovam.
© Foto / NASA/Kathryn Hansen |
A região possui significativos recursos naturais, incluindo minerais, um terço do gás natural liquefeito do mundo e áreas de pesca, recursos inexplorados devido ao clima severo.
Além disso, o Ártico tem grande potencial de ser uma alternativa às rotas marítimas que atualmente passam pelo canal de Suez ou cabo da Boa Esperança.
Com a mudança climática, o gelo da região está recuando, fazendo com que as potências globais vejam a região como próximo local de disputa.
"Estamos preocupados com a forma com que [a Rússia] se comporta na região, as mesmas preocupações que temos sobre a ordem internacional baseada nas regras de adesão, administração marítima moderna [..] O Ártico pode ser um destes locais potenciais para futuras operações de liberdade de navegação", afirmou o almirante Karl Schultz.
Nos últimos anos, os EUA utilizaram o FONOPS para desafiar, como eles definem, as reivindicações marítimas excessivas, por países considerados adversários dos norte-americanos pelo Pentágono, como a Rússia, China, Vietnã e Venezuela.
Em diversas regiões, estas ações norte-americanas levaram a confrontos com países que reivindicam as hidrovias como suas águas territoriais.
Schultz observou que a Rússia possui até um quarto de seu produto interno bruto da região, além de ter "uma costa ártica imensa e acesso e direitos legítimos".
"Não pretendo acusar a Rússia de fazer nada, mas acredito que o que observamos em termos de tendência agressiva seja algo para o qual precisamos ter um contra-ataque e moderação de força", afirmou.
O almirante ainda afirmou que o pedido de orçamento de 2022 de Joe Biden, adiciona US$ 170 milhões (R$ 842 milhões) destinados ao financiamento de um quebra-gelo pesado para a Marinha norte-americana.