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Joey Hood, que é responsável interino pelos assuntos do Oriente Médio no Departamento de Estado, deu a entender que, se os países árabes escolherem o caminho da normalização, correm o risco de ser alvo de pressão econômica por parte dos EUA.
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As sanções econômicas e os bloqueios têm impedido os países árabes de restabelecerem as relações com a Síria. No entanto, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein reabriram suas embaixadas em Damasco em 2019 e 2020. Omã, por sua vez, voltou a enviar seu embaixador à Síria.
"Gostaria de acrescentar que temos sanções [sob a Lei] Caesar; essa é uma lei que tem amplo apoio bipartidário no Congresso e a administração [Biden] vai dar andamento a isso. Portanto, os governos e as empresas precisam ter cuidado para que suas transações não os exponham a potenciais sanções dos EUA sob essa lei", disse Hood.
De acordo com o alto funcionário dos EUA, os EUA estão insatisfeitos por não ter havido uma "grande mudança de comportamento" do presidente sírio Bashar Assad. Na verdade, isso não é surpreendente, uma vez que o objetivo principal da presença ilegal dos EUA na Síria era derrubar Assad e instalar um governo favorável aos EUA.
No final de maio, o presidente sírio Bashar Assad foi reeleito com 95% dos votos.
A Lei César, assinada no final de 2019 pelo presidente estadunidense, Donald Trump, entrou em vigor em 17 de junho de 2020. O ato é um conjunto de sanções contra a Síria que atinge quase todas as áreas da economia do país, assim como empresas e indivíduos estrangeiros que realizarem negócios com o governo de Assad.