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02 junho 2021

Bolsonaro afronta Exército ao dar cargo e pedir aplausos a Pazuello, avaliam militares da ativa

Militares da ativa avaliam que o presidente da República, Jair Bolsonaro, afrontou o Exército ao nomear o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, para um cargo no Palácio do Planalto e pedir aplausos para ele nesta terça-feira (1º) em cerimônia no ministério.

Por Valdo Cruz | G1

Essa avaliação é motivada pelo fato de a nomeação ter sido feita às vésperas da decisão do comandante Paulo Sérgio Nogueira sobre eventual punição do ex-ministro da Saúde — que é general da ativa — por ter participado de um ato político ao lado do presidente.

Reprodução

Dois meses e meio após sua demissão do cargo de ministro da Saúde, Pazuello foi nomeado para o cargo de secretário de Estudos Estratégicos da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República nesta terça-feira (1º), com salário de R$ 16,9 mil.

Segundo militares da ativa, Bolsonaro fez questão de fazer os gestos de prestígio a Pazuello para, mais uma vez, sinalizar ao Exército que não concorda com uma punição ao general por ele ter participado de uma manifestação ao lado do presidente no Rio de Janeiro no domingo (23).

O Regulamento Disciplinar do Exército considera transgressão "manifestar-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária".

Dentro do Exército, a posição unânime é a de que o ex-ministro da Saúde não pode ficar sem punição.

Caso contrário, o comandante Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira ficará desmoralizado e passará a mensagem para a tropa de que, a partir de agora, é possível desrespeitar o Regulamento Disciplinar do Exército porque ficará sem punição.

O comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, deve tomar uma decisão sobre a participação de Pazuello no ato ao lado de Bolsonaro até o final desta semana. Nesta quarta (2), o tema será analisado por oficiais do Alto Comando do Exército.

Pazuello se defendeu dizendo que o ato, ocorrido no Rio, não era uma manifestação político-partidária.

Em linha com a defesa do general, o presidente Bolsonaro também disse o mesmo, mostrando publicamente que não concorda com a punição ao seu ex-ministro da Saúde.

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