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De acordo com os dados do Comando de Sistemas Marítimos Navais e do Escritório de Orçamento do Congresso, as peças de reposição estão sendo regularmente transferidas entre os submarinos de ataque rápido de propulsão nuclear de modo que os navios possam regressar a suas operações, escreve Bloomberg.
SSN-774 Vírginia © AFP 2021 / US NAVY |
A frota de 48 navios da classe Virginia é o pilar da estratégia submarina da Marinha dos EUA na segunda metade do século XXI para combater a crescente frota de navios de superfície da China. Cada modelo sucessivo de submarinos americanos desta classe conta com aumento de poder de fogo.
De acordo com Bryan Clark, um ex-assistente especial do chefe de Operações Navais, o problema das peças é uma questão de disponibilidade "que vem com a preocupação geral de que a Marinha não está investindo o suficiente em manutenção, cadeias de suprimentos e infraestrutura dos estaleiros navais".
Clark, que atualmente é analista naval do Instituto Hudson, acrescentou que "a Marinha pode ter sido lenta demais em agir após indicações de que alguns componentes se estavam desgastando mais depressa".
Se uma peça não está disponível para um submarino que esteja na fase final do processo de renovação, a equipe de manutenção do estaleiro pode ser forçada a pedir emprestada, ou "canibalizar", uma peça de outro submarino que está entrando em manutenção a fim de reduzir os atrasos.
A maior parte das peças canibalizadas são para sistemas eletrônicos não relacionados à propulsão, porém, a Marinha dos EUA se recusou a especificar que peças são afetadas, invocando segurança operacional.
Até o ano fiscal de 2028, a Marinha americana quer implantar armas hipersônicas em submarinos da classe Virginia.