Deutsch Welle
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assegurou que seu país se colocará ao lado dos aliados europeus contra a Rússia. "Estamos unidos para encarar os desafios da Rússia à segurança europeia, a começar por sua agressão na Ucrânia", escreveu em artigo de opinião publicado pelo jornal The Washington Post neste sábado (05/06).
Presidentes Joe Biden (esq.) e Vladimir Putin têm reunião marcada em Genebra |
Biden acrescentou ter sido "claro e direto" num telefonema anterior com seu homólogo russo, Vladimir Putin: "Os Estados Unidos não procuram conflito. Queremos um relacionamento estável e previsível, em que possamos cooperar com a Rússia em assuntos como estabilidade estratégia e controle armamentista." No entanto, "Putin sabe que não hesitarei em reagir a futuras atividades danosas".
Biden tem viagem à Europa marcada para a quarta-feira, onde participará das conferências de cúpula do Grupo dos Sete (G7) e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Em 16 de junho terá um encontro pessoal com Putin em Genebra.
"Liderança a partir de posição de força" para EUA
Segundo o chefe de Estado americano, essa visita ao velho continente visa "concretizar o comprometimento renovado da América" com seus aliados e "deter as ameaças desta nova era". A seu ver, os EUA "devem liderar a partir de uma posição de força", seja para dar fim à pandemia de covid-19, seja para enfrentar a mudança climática global.
Ao mesmo tempo, porém, ele visivelmente aproveitou o ensejo jornalístico para chamar a atenção para os "desafios" impostos pelos governos chinês e russo, cujas "atividades nocivas" Washington assumirá um papel global para confrontar.
"Vamos nos concentrar em assegurar que as democracias de mercado, não a China ou alguém mais, escrevam as regras do século 21 para o comércio e a tecnologia", anunciou. Assim, as democracias do mundo devem cooperar no sentido de expor e combater "ataques de ransomware", "ciberataques" e "vigiliância invasiva através de inteligência artificial".
Desde que assumiu a presidência dos EUA em janeiro, o político democrata de 78 anos tem aumentado a pressão sobre a Rússia, em contraste com a atitude excessivamente leniente, senão submissa, de seu antecessor republicano, Donald Trump, em relação ao governo de Putin.