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Nesta quarta-feira (26), o Talibã (grupo terrorista proibido em diversos países e na Rússia) declarou que considerará o estabelecimento de bases militares dos EUA na Ásia Central, após a retirada norte-americana do Afeganistão, "atos provocativos" e advertiu aos países vizinhos a não permitirem o uso de seu território, segundo a Reuters.
"Se esse passo for dado, a responsabilidade por todos os infortúnios e dificuldades recai sobre aqueles que cometem esses erros", disse o grupo em um comunicado citado pela mídia.
As declarações vieram depois que autoridades dos EUA comentaram sobre a exploração de opções de bases em países próximos ao Afeganistão, como Tajiquistão e Uzbequistão, mas até agora, não chegaram a um acordo com nenhum deles, segundo a mídia.
"Como asseguramos repetidamente a outros que nosso solo não será usado contra a segurança de terceiros, estamos igualmente exortando outros a não usarem seu solo e espaço aéreo contra nosso país", adicionaram os talibãs em comunicado.
Nos últimos dias, houve várias conversas entre altos funcionários do Paquistão e dos Estados Unidos, incluindo uma reunião entre o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, e seu homólogo paquistanês, de acordo com a Reuters.
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Paquistão disse na segunda-feira (24) que qualquer especulação sobre o uso de bases pelos EUA no país "era infundada e irresponsável". Já Washington não quis responder imediatamente a um pedido de comentário sobre o assunto.
Os combates entre o Talibã e as forças afegãs aumentaram drasticamente no Afeganistão desde que Washington anunciou a retirada de suas tropas até o dia 11 de setembro. Muitos analistas alertaram que o país pode entrar em guerra civil.