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"Em todos os tempos acontece a mesma coisa: assim que a Rússia se torna mais forte, imediatamente encontram motivos para conter seu desenvolvimento. Como disse um de nossos imperadores, 'todos temem nossa grandeza'", declarou Putin.
Vladimir Putin © Sputnik / Aleksei Druzhinin |
O líder russo também ressaltou que um país como a Rússia não é necessário para aqueles que tentam contê-la, mas sim para seu povo.
"Por mais que façamos, por mais que tentemos satisfazer os apetites daqueles que tentam nos conter, de qualquer jeito a contenção continuará, pois muitos de nossos oponentes, chamemos-lhes assim, simplesmente não precisam de um país como a Rússia. Mas nós e vocês precisamos dela e ela é precisa para nosso povo – os cidadãos da Federação da Rússia", declarou Putin.
"E nós vamos fazer tudo, não apenas para conservá-la, mas também consolidá-la e reforçá-la [...] para atingir um objetivo estratégico. Nós devemos fazer tudo, sem dúvida alguma, para conservar a memória daquilo que aconteceu nos anos anteriores, a memória daqueles que defenderam nossa Pátria", enfatizou.
Durante seu discurso, Putin ressaltou que a Rússia possui as forças de contenção nuclear mais modernas, que devem contar com novas armas estratégicas intercontinentais.
Putin também falou sobre novos sistemas aéreos e navios de superfície e submarinos sem análogos no mundo.
"Nós estamos recebendo novos sistemas aéreos que não têm análogos no mundo. [Também] navios de guerra de superfície e submarinos. Os mais modernos. Aparelhos não tripulados [...]", afirmou Putin, ressaltando que o país não está se encaminhando para uma economia militarista.
Nesse contexto, Putin recordou que a Rússia está em último lugar na lista dos dez países que mais investem em defesa, sendo que os EUA e Japão estão a sua frente.
Encontro entre Blinken e Lavrov
Durante a reunião com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que a Rússia tomará as medidas necessárias para garantir sua soberania e segurança com relação às ações dos países da OTAN, contudo apoia o diálogo.
"Eu espero que com relação à Organização para a Segurança e Cooperação na Europa [OSCE], onde há um fórum adequado sobre a segurança, o Ocidente demonstre responsabilidade e cesse suas constantes declarações sobre suas ações unilaterais, sobre exercícios [militares], dos quais participam dezenas de milhares de militares estrangeiros na fronteira da Rússia, transferidos propositadamente dos EUA e Canadá com seus equipamentos. Nós queremos que seja estabelecido aquele diálogo que inicialmente foi acordado no âmbito da OSCE", afirmou Lavrov.