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A companhia United Launch Alliance (ULA) lançou com sucesso um foguete Atlas V ao espaço na terça-feira (18), que leva o quinto satélite do Sistema Infravermelho com Base no Espaço (SBRIS GEO 5, na sigla em inglês) da Força Espacial dos EUA.
© AP Photo / John Raoux |
Construído pela empresa Lockheed Martin, o satélite de US$ 1 bilhão (aproximadamente 5,26 bilhões) foi projetado para detectar e rastrear plumas produzidas por lançamentos de mísseis em todo o mundo com a ajuda de seus sensores infravermelhos a bordo, relata o portal Space. As capacidades do SBRIS GEO 5 permitirão que os EUA e países aliados se preparem para qualquer ataque iminente, disseram oficiais da ULA.
O satélite se junta a quatro outros satélites SBIRS GEO estacionados em órbitas geossíncronas equatoriais e quatro instrumentos SBIRS que monitoram as regiões polares de órbitas elípticas de alta altitude. A Força Espacial dos EUA pretende lançar ainda um sexto satélite SBIRS GEO, completando assim a constelação construída pela Lockheed Martin, relata a mídia.
Sistemas SBRIS são críticos
O foguete de dois estágios Atlas V foi lançado do Complexo de Lançamento Espacial 41, na Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida, EUA. O Atlas V vai depositar o satélite em uma órbita que varia em altitude entre 925 quilômetros e 35.753 km, com um ângulo de inclinação de 21,14 graus em relação ao equador.
Dessa posição, o SBIRS GEO 5 navegará até uma órbita circular sobre o equador a uma altitude de quase 35.900 km acima da Terra. Dessa posição orbital, o satélite terá uma visão constante da mesma parte do nosso planeta.
"A necessidade de sistemas SBIRS nunca foi tão crítica […]. A ameaça da tecnologia de mísseis balísticos está se espalhando pelo mundo", afirma Tom McCormick, gerente do programa SBIRS da Lockheed Martin, citado pela mídia.
Os satélites SBIRS detectaram e rastrearam mais de mil lançamentos de mísseis em todo o mundo em 2020, de acordo com McCormick.