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Coronel Paul Clayton, comandante da OTAN na Estônia, denominou os exercícios de "culminação de um ano de treinamento", ressaltando que a "ameaça da Rússia continua sendo o maior problema de segurança" tanto para Estônia como para outros países da Europa.
© AFP 2021 / Wojtek Radwanski |
Em entrevista ao canal RT, o especialista militar Ivan Konovalov afirmou que declarações como a do coronel Paul Clayton pretendem camuflar ações hostis contra Moscou, observando que o aumento de forças da Aliança Atlântica perto das fronteiras da Rússia contradiz os acordos anteriormente alcançados entre Moscou e OTAN.
Ivan Konovalov ainda avaliou as manobras militares do bloco na Estônia.
"Os destacamentos da OTAN estão localizados perto das fronteiras russas, constituindo uma violação direta do Ato Fundador das Relações Mútuas, Cooperação e Segurança entre a Rússia e OTAN assinado em 1997. O documento refere, especificamente, que as partes vão se esforçar para garantir transparência, previsibilidade e confiança mútua em relação à dimensão e às funções das forças militares", afirmou especialista.
Mas, na realidade, as tropas da Aliança Atlântica estão regularmente perto das fronteiras russas, observou Konovalov, ressaltando que nos exercícios na Estônia serão conduzidas operações ofensivas, e não defensivas.
"Além disso, será aumentado o componente de exercícios de combate do bloco, especialmente no Leste Europeu. Já estamos vendo isso atualmente. Por exemplo, uma companhia de tanques francesa e helicópteros de ataque britânicos participarem da Tempestade da Primavera indica preparo para ações ofensivas, e não defensivas, como é comunicado no Ocidente", explicou.
Ivan Konovalov chamou o exercício de provocação, observando que são as ações da OTAN ameaçadoras para Rússia, e não o contrário.