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28 maio 2021

'OTAN está pronta': em meio à reunião em Portugal, aliança realiza exercícios massivos

Enquanto as tensões com a Rússia aumentam, milhares de soldados da OTAN, navios de guerra e aeronaves participam de exercícios militares que se estendem pelo Atlântico, pela Europa e pelo mar Negro.

Sputnik


O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, afirmou que os novos jogos de guerra da Aliança Atlântica enviam uma mensagem importante a qualquer adversário em potencial: "A OTAN está pronta".

Treinamos juntos, vencemos juntos. Steadfast Defender 21 começou na costa de Portugal em 20 de maio. Este exercício [é um] defensivo multilateral conjunto liderado pela OTAN para deter a agressão e responder a uma crise, se necessário | US Navy

"A OTAN está lá para defender todos os nossos aliados, e este exercício envia uma mensagem sobre nossa capacidade de transportar um grande número de tropas e equipamentos através do Atlântico, pela Europa e também para projetar poder marítimo", afirmou Stoltenberg à agência Associated Press a bordo do porta-aviões britânico HMS Queen Elizabeth na costa de Portugal nesta sexta-feira (28).

Stoltenberg se refere aos jogos de guerra Steadfast Defender 21, que a OTAN conduz desde 20 de maio e que ocorre até 22 de junho. Os exercícios têm como objetivo simular a resposta da organização militar de 30 nações a um ataque a qualquer um de seus membros. Os treinamentos vão testar a capacidade da OTAN de enviar tropas dos EUA e manter abertas as linhas de abastecimento.

Os altos escalões da Aliança Atlântica insistem que os exercícios militares, envolvendo cerca de 9.000 soldados de 20 países, não visam especificamente a Rússia, mas se concentram na região do mar Negro, onde a Rússia é acusada de bloquear a navegação livre de navios. O Steadfast Defender 21 também ocorre pela Europa e pelo Atlântico.

Os ministros da Defesa da União Europeia (UE) reúnem-se nesta sexta-feira (28) em Lisboa para debater a "bússola estratégica" do bloco, com enfoque nas tecnologias emergentes e disruptivas, a situação em Moçambique e a Parceria UE-África para a Paz e Segurança, com a participação de três organizações africanas de desenvolvimento regional.

Relação OTAN-Rússia

Nos últimos anos, os EUA e seus aliados mobilizaram tropas e equipamentos na Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia para tentar reassegurar aos vizinhos Rússia que seus parceiros partirão em socorro caso sejam atacados.

Os jogos de guerra envolvem dois novos centros de comando da OTAN, um em Norfolk, Virgínia, EUA, e outro em Ulm, Alemanha. Parte do foco da primeira fase dos exercícios era proteger os cabos submarinos que transportam grandes quantidades de dados comerciais e de comunicação entre os EUA e a Europa.

Sem citar a Rússia, a OTAN afirma que países estão mapeando o roteamento dos cabos e pode ter intenções mais sombrias.

"Todos nós nos iludimos pensando que o Atlântico era uma região benigna na qual não havia nada de ruim acontecendo, e poderíamos simplesmente usá-lo como uma rodovia gratuita […]. Existem nações mapeando esses cabos. Eles podem estar fazendo outras coisas ruins. Precisamos estar cientes disso e responder a isso", disse o comandante de Norfolk, o vice-almirante da Marinha dos EUA Andrew Lewis.

A OTAN afirma que sua política em relação à Rússia se baseia em dois pilares: forte dissuasão militar e diálogo. Mas reuniões de alto nível são raras, e algumas autoridades europeias insistem que o presidente russo, Vladimir Putin, está se tornando cada vez mais autoritário e se distanciando do Ocidente, reporta a AP.

"Estamos prontos para sentar com a Rússia, porque achamos que é importante conversar, especialmente quando os tempos são difíceis […]. O principal desafio agora é que a Rússia não respondeu positivamente ao nosso convite, ou à nossa iniciativa, para uma reunião do Conselho OTAN-Rússia" afirmou Stoltenberg.

Stoltenberg presidirá uma cúpula da OTAN em Bruxelas em 14 de junho, que contará com a presença o presidente dos EUA e deve inaugurar uma nova era de cooperação transatlântica, à medida que as tropas deixam sua missão mais longa no Afeganistão e os Estados-membros viram suas atenções para Rússia e China.

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