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As sedes dos meios de comunicação estavam localizadas nos andares superiores do prédio, enquanto que os demais eram ocupados por escritórios comerciais. Não há informações sobre vítimas ou feridos.
As sedes dos meios de comunicação estavam localizadas nos andares superiores do prédio, enquanto que os demais eram ocupados por escritórios comerciais. Não há informações sobre vítimas ou feridos.
Momento em que o prédio foi atingido em Gaza © Ansa Brasil |
Segundo relatos, o local foi evacuado cerca de uma hora antes do ataque aéreo, depois do Exército israelense enviar um aviso ao proprietário do prédio. Até agora, porém, não há explicações sobre o motivo pelo qual houve a ofensiva.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram o momento exato que o arranha-céu al-Jala desabou após o ataque.
Pouco depois, o porta-voz das Brigadas Ezzedin al-Qassam, braço militar do grupo palestino Hamas, anunciou que a reação irá "abalar Israel". "Agora aguardem".
Ontem à noite, os militares israelenses já haviam anunciado que "alguns elementos proeminentes da organização terrorista Hamas foram atacados em um apartamento usado como infraestrutura terrorista na área de Shati, no norte da Faixa de Gaza".
O Hamas, por sua vez, acrescentou que o governo de Israel "usa civis deliberadamente como escudos humanos para proteger suas atividades hostis".
O conflito entre as regiões se intensificou e os ataques aéreos e lançamentos de foguetes continuaram durante a madrugada. O Exército disse que mais de 200 foguetes foram lançados apenas durante a noite, dos quais pelo menos 30 voltaram para o enclave palestino.
Desde o início dos confrontos, cerca de 2,3 mil mísseis foram disparados contra Israel a partir de Gaza. Destes, pelo menos mil foram interceptados pelo sistema de defesa antimísseis Iron Dome, de acordo com o Exército.
No sexto dia de ataques consecutivos contra a Faixa de Gaza, o Ministério da Saúde do Hamas divulgou que o número atualizado de mortos é de 139, incluindo 39 crianças. Já Israel registrou nove mortos, incluindo duas crianças. Ao todo, são mil palestinos e 560 israelenses feridos.
Hoje, 10 pessoas de uma mesma família palestina, incluindo oito crianças, foram mortas em um bombardeio israelense na Faixa de Gaza, segundo fontes médicas.
O míssil atingiu a residência da família Abu Hatab, em um prédio de três andares, no campo de refugiados de Al-Shati. Em comunicado, o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, denunciou "um massacre hediondo no campo de Al-Shati".
Logo depois, dezenas de foguetes foram lançados de Gaza para Tel Aviv e na área metropolitana da região. A notícia foi veiculada pela TV local, que também mostrou imagens de um prédio destruído no subúrbio da cidade de Ramat Gan, de onde sai uma coluna de fumaça. Atualmente não há informações de vítimas, de acordo com relatórios dos serviços de emergência.
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Abu Mazen, apelou para o governo do presidente americano, Joe Biden, para intervir "imediatamente e rapidamente para interromper a agressão israelense antes que as coisas saiam do controle".
"O governo israelense totalmente responsável por esta escalada perigosa, esta tensão e o sangue derramado pelo povo palestino", disse.
O presidente da ANP denunciou "os assassinatos brutais e planejados das forças de ocupação israelenses contra o povo na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e em Jerusalém".