Sputnik
Nesta terça-feira (25), o líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, disse que qualquer violação de Jerusalém e dos locais sagrados para muçulmanos e cristãos levaria a uma guerra regional, segundo o The Times of Israel.
"Os israelenses devem entender que violar a cidade sagrada e a mesquita e santuários de Al-Aqsa não vai parar a resistência de Gaza. [Atacar] Jerusalém significa uma guerra regional. Todos os movimentos de resistência não podem ficar parados e assistir a isso acontecer se a cidade sagrada estiver em perigo real e grave", declarou Nasrallah segundo a mídia.
A saúde do líder chamou atenção, que apareceu pálido e tossiu diversas vezes e, em alguns momentos, teve ligeiras faltas de ar durante seu discurso televisionado de 100 minutos.
Ao longo de sua exposição, Nasrallah descreveu o intenso lançamento de foguetes contra Israel pelo Hamas como uma "grande vitória", mesmo com o fato da defesa israelense ter interceptado vários deles.
A sombra do Hezbollah permaneceu presente durante o forte conflito de 11 dias entre Israel e a Faixa de Gaza, com a possibilidade de lançar seu arsenal de mísseis – muito mais poderosos que o do Hamas – em apoio aos palestinos. Porém, o grupo permaneceu a margem do confronto e só realizou manifestações a favor de Gaza no sul do Líbano.
Em um dos dias dessas manifestações, um membro do Hezbollah foi morto quando Israel abriu fogo para repelir os manifestantes que tentavam romper a fronteira.
A escolha do grupo de não entrar no conflito diretamente, segundo especialistas, foi baseada em problemas financeiros e adversidades que o próprio Líbano vem enfrentando.
Na terça-feira (25), o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, chegou a Israel para encontrar o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. Durante o encontro, Blinken reafirmou o compromisso dos EUA de fortalecer a segurança de Israel e o direito de Tel Aviv de se defender contra ataques.
No mesmo dia mais tarde, o secretário se encontrou com Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina, e disse que os EUA se opõem a qualquer medida que prejudique a solução de dois Estados para o conflito israelo-palestino, além de confirmar que Washington vai continuar com o processo de reabertura de seu consulado em Jerusalém Oriental.