Manoel Ventura e Daniel Gullino | O Globo
BRASÍLIA - Uma semana depois dos vetos do presidente Jair Bolsonaro para ajustar o Orçamento de 2021, o Ministério da Defesa pediu para acrescentar R$ 1 bilhão aos recursos da pasta e diz que os cortes impactam “diretamente o cumprimento da missão constitucional” das Forças Armadas. Enquanto isso, no Ministério da Educação, a verba disponível para gastos discricionários (ou seja, valores livres para investir) ficou em apenas R$ 8,9 bilhões, menos da metade do executado em 2018.
Ministério da Defesa perdeu R$ 3,3 bilhões e ficou com um orçamento total para este ano de R$ 113 bilhões. Foto: Adriano Machado / Reuters |
Os pedidos do Ministério da Defesa constam em um ofício do ministro Walter Braga Netto, obtido pelo GLOBO, encaminhado à Casa Civil e ao Ministério da Economia na última quinta-feira.
Entre vetos e bloqueios, o Ministério da Defesa perdeu R$ 3,3 bilhões, ficando com um orçamento total de R$ 113 bilhões, a maior parte para o pagamento de salários dos militares. O total disponível para as despesas livres (como custeio e investimento) ficou em R$ 8,4 bilhões, ainda assim um dos maiores da Esplanada.
Missão constitucional
“Tal redução impacta diretamente o cumprimento da missão constitucional do Ministério da Defesa, visto que as programações afetadas são de extrema importância para assegurar a defesa do território nacional e a continuidade de projetos prioritários, que, além de serem de grande relevância para a atuação das Forças Armadas, contribuem sobremaneira para a retomada da economia, com geração de renda, recuperação de empregos e divisas para o país”, diz Braga Netto.