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16 maio 2021

Bombardeio em prédio de TV tinha escritório do Hamas e por isso foi legítimo, diz primeiro-ministro de Israel

O prédio de 12 andares que abrigava as agências Associated Press (AP), dos Estados Unidos, e da emissora Al Jazeera, do Catar, desabou neste sábado (16) após bombardeio israelense

Por G1

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo (16) que o ataque ocorrido ao prédio que hospedava as agências de imprensa Associated Press e Al Jazeera foi legítimo. Segundo Netanyahu, o edifício também abrigava um escritório pertencente a um grupo terrorista palestino.

Torre em Gaza que abriga AP e Al Jazeera desmorona após ataque de míssil na cidade de Gaza, em 15 de maio de 2021 — Foto: Mohammed Salem/Reuters

"[Havia] um escritório pertencente a uma organização terrorista palestina alojado naquele prédio, que planeja e organiza ataques terroristas contra civis israelenses, então é um alvo perfeitamente legítimo", disse Netanyahu ao canal americano CBS.

Neste domingo (16), os militares israelenses declararam que destruíram a casa do principal líder do Hamas em Gaza, Yahiyeh Sinwar, em um ataque à cidade de Khan Younis. Foi a terceira ofensiva semelhante nos últimos 2 dias às casas de líderes do grupo.

Ataque aéreo

O prédio de 12 andares que abrigava as agências Associated Press (AP), dos Estados Unidos, e da emissora Al Jazeera, do Catar, desabou neste sábado (16) após bombardeio israelense.

Jawad Mehdi, proprietário do edifício Jala, afirmou que um oficial da inteligência israelense o avisou antes do ataque que ele tinha uma hora para evacuar o prédio. Ele solicitou 10 minutos adicionais para os repórteres embalarem seus equipamentos, mas teve o pedido recusado, segundo a France Presse.

O Exército israelense declarou que equipamentos militares do Hamas estavam na torre atingida por seus caças. "O prédio também abrigava escritórios de veículos de comunicação civis, atrás dos quais o grupo terrorista Hamas se esconde e que usa como escudos humanos", acrescentou o Exército, alegando ter alertado os civis antes do ataque e "ter lhes dado tempo suficiente".

O diretor geral interino da Al Jazeera, Mostefa Souag, chamou o ataque de "bárbaro" e disse que Israel deveria ser responsabilizado. “O objetivo deste crime hediondo é silenciar a mídia e ocultar a carnificina e o sofrimento incontáveis do povo de Gaza”, disse ele em um comunicado.

A agência de notícias americana AP declarou estar "chocada e horrorizada" com o ataque israelense. "Este é um acontecimento incrivelmente perturbador. Nós evitamos por pouco uma terrível perda de vidas", disse o chefe da agência, Gary Pruitt, em um comunicado. “O mundo ficará menos informado sobre o que está acontecendo em Gaza por causa do que aconteceu hoje”, acrescentou.

O porta-voz militar israelense, Jonathan Conricus, rejeitou a ideia de que Israel estava tentando silenciar a mídia. "Isso é totalmente falso, a mídia não é o alvo", disse à Reuters.

Conricus chamou o prédio de um alvo militar legítimo, dizendo que continha inteligência militar do Hamas. Ele disse que o Hamas pode ter calculado que, ao colocar seus "ativos" dentro de um prédio com escritórios de notícias, 'eles provavelmente esperavam que isso os mantivesse a salvo de ataques israelenses".

Questionado sobre o motivo da destruição de todo o prédio, Conricus disse: "Não havia como derrubar apenas as instalações do Hamas que estavam no prédio. Eles ocuparam vários andares do prédio e era impossível derrubar apenas esses andares. Foi considerado necessário para demolir todo o edifício. "

Segundo a Reuters, o número de mortos com os novos bombardeios aumentou para 181, incluindo 47 crianças, desde o início do conflito na última segunda-feira. Dez pessoas foram mortas em Israel, incluindo 2 crianças.

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