Izvestia
"Os Estados Unidos encaram a região do Ártico como uma região livre de conflitos, onde os países agem de forma responsável e onde o desenvolvimento econômico e o investimento são realizados de forma sustentável, segura e transparente que também respeite o meio ambiente, o clima, os interesses e a cultura dos povos indígenas", disse ele.
Anthony Blinken | Foto: REUTERS/Saul Loeb |
Ele disse que os EUA e o Canadá têm um "compromisso comum de trabalhar para preservar a região do Ártico como uma plataforma de cooperação pacífica e ação afirmativa" na luta contra as mudanças climáticas, cuidando dos interesses indígenas e avançando na ciência.
Blinken ressaltou que os EUA estão "ansiosos" para iniciar a unificação com a Islândia durante a presidência do Conselho ártico e, em seguida, preparar-se para a entrega da presidência russa.
Por sua vez, Mark Garneau destacou a importância de levar em conta os interesses dos povos indígenas e o desenvolvimento da região. Ele disse que o Canadá e os Estados Unidos têm fortes relações e visões comuns na visão da segurança da região ártica.
A Reunião Ministerial do Conselho ártico será realizada de 19 a 20 de maio em Reykjavik. O ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, também participará. Na reunião, a presidência da UA para o período 2021-2023 passará da Islândia para a Rússia.
A Rússia também propôs a realização de reuniões de peritos militares dos Estados-membros do Conselho no âmbito da UA.
O Conselho Ártico foi fundado em 1996. Trata-se de um fórum intergovernamental que ajuda a fortalecer a cooperação entre países em altas latitudes. Os membros do conselho são Rússia, Dinamarca, Islândia, Canadá, Noruega, Estados Unidos, Finlândia e Suécia. Doze países não-árticos, incluindo Reino Unido, Alemanha, Índia, China e França, têm status de observadores no conselho.
Em março, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, disse que a aliança está aumentando a atividade no Ártico. Segundo ele, isso se deve à presença das forças russas lá. Ao mesmo tempo, Moscou pediu repetidamente aos países ocidentais que abandonem a militarização da região e cooperem. Em 19 de janeiro, o ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, manteve conversações com a ministra norueguesa das Relações Exteriores, Ine Eriksen Sereide, durante as quais chamou a atenção para a deterioração da situação de segurança no Extremo Norte. Segundo ele, o acúmulo militar da Noruega e a promoção da infraestrutura da OTAN para as fronteiras russas estão repletos de consequências negativas para o Ártico.