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Desde o fim da Guerra da Coreia cerca de sete décadas atrás, a ilha Baengnyeong tem sido localização-chave para aliados norte-americanos em Seul para espiar a Coreia do Norte. Agora, a ilha está nos radares da China.
© East News / Liu Zheng/Color China Photo/AP Images |
China intimidou Coreia do Sul em dezembro de 2020 por ter enviado um navio de guerra ao lado da fronteira autoimposta perto da ilha para sondar os limites de reivindicações sul-coreanas no mar Amarelo.
O movimento, descrito como raro pelos legisladores sul-coreanos, ocorreu enquanto os militares da China reforçam sua presença nas águas disputadas.
Cerca de cinco mil residentes da ilha também ficaram preocupados com o influxo de barcos de pesca chineses perto da ilha, que se situa em uma localização estratégica perpendicular ao estreito de Bohai – a principal via navegável que dá acesso a Pequim.
O maior foco da expansão naval da China habitualmente gira em torno de Taiwan e o território disputado com os aliados americanos – Japão e Filipinas.
Mas, a atividade aumentada da China no mar Amarelo demonstra, de acordo com o jornal South China Morning Post, que Pequim também está preocupada com cenário no qual os EUA impõem um bloqueio mais perto de sua costa.
"A China deseja fazer o mar [Amarelo] uma zona-tampão para expandir sua influência marítima e garantir um caminho para suas frotas saírem ao sul – e a Coreia do Sul fica no caminho de realização desta meta", disse Shin Won-sik, ex-general do Exército sul-coreano.
"Seu alvo final é ganhar o controle total sobre o mar Amarelo, para proibir a atividade marítima norte-americana nas águas e assegurar uma ação militar rápida em tempos de emergência", adicionou.