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Na segunda-feira (5), o ministro da Defesa das FANB, general Vladimir Padrino Lópes, informou sobre a criação de uma unidade chamada Zona Operacional de Defesa Integral Temporária Especial (ZODI, na sigla em espanhol) em três municípios do estado de Apure.
Ministro da Defesa das FANB, General Vladimir Padrino Lópes © REUTERS / Manaure Quintero |
A criação da ZODI foi ordenada pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. A unidade deve garantir a segurança na zona perante a presença de grupos colombianos de narcotraficantes. A unidade militar será presente em três municípios: José Antonio Páez, Muñoz y Rómulo Gallegos.
"Trata-se de José Antonio Páez, Muñoz y Rómulo Gallegos, os municípios onde a ZODI é imediatamente ativada, e nos quais os organismos de segurança pública combaterão as ações desestabilizadoras que atentem contra a paz da nação, a segurança pessoal e o resguardo das instalações de bens públicos e privados para garantir a ordem interna, a paz cidadã e os direitos humanos", disse o ministro da Defesa venezuelana.
Padrino López explicou que as pessoas que transitam, trabalham ou residem nos referidos municípios serão monitoradas "com o propósito de salvaguardar os direitos humanos". O ministro disse que haverá ainda restrições de horário para o funcionamento dos locais públicos e privados de lazer.
"[As forças de segurança do Estado] podem realizar inspeções de propriedades ou edifícios de acordo com as leis e regulamentos em vigor, bem como expulsar ocupações ilegais de bens públicos que afetem a segurança e defesa da nação", acrescentou.
Além disso, López lembrou que o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, enviou uma carta à Organização das Nações Unidas para solicitar treinamento na desativação de minas antipessoais.
"As minas antipessoais colocadas por grupos violentos no território representam um grande perigo para nossos cidadãos. Estas minas custaram a vida de nossos soldados", afirmou Padrino.
O ministro da Defesa disse que muitos relatórios mostraram que há mais de oito milhões de vítimas de atos de violência e guerra na Colômbia, assim como mais de sete milhões de deslocados, 300 mil vítimas mortais e cerca de 45 mil desaparecimentos forçados de pessoas por grupos de narcotraficantes.
Desde meados de março, no estado venezuelano de Apure, na fronteira com a Colômbia, são registrados confrontos entre forças militares da Venezuela e grupos irregulares colombianos, deixando militares e civis mortos.