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Nesta quarta-feira (28), o ministério anunciou em um comunicado em seu site os nomes de oito soldados, sem providenciar mais detalhes, dois dias depois de reportar duros enfrentamentos com "grupos armados irregulares da Colômbia", que resultaram em "um número significativo" de baixas.
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O ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, veio a público oferecer as condolências do governo às famílias dos soldados que, segundo ele, "estavam cumprindo o juramento de defender a pátria até o último suspiro".
As Forças Armadas da Venezuela vêm travando combates com grupos armados na fronteira colombiana, no estado de Apure, no oeste do país, desde 21 de março. Até o momento, a operação resultou em diversas prisões e apreensões de armamentos, explosivos e drogas, segundo o governo venezuelano.
Para Venezuela, trata-se de grupos "terroristas" ou vinculados ao narcotráfico e a paramilitares que contariam com o apoio do presidente colombiano Iván Duque.
No entanto, segundo a agência de notícias France-Presse, algumas fontes de segurança na Colômbia afirmam que esse grupos seriam formados por dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
As FARC assinaram um acordo de paz histórico com Bogotá em 2016, que encerrou quase meio século de conflitos armados entre a guerrilha e o Exército colombiano. Contudo, alguns guerrilheiros se recusaram a participar do processo de paz e seguiram lutando, muitas vezes se misturando com, e também enfrentando, traficantes de drogas e grupos paramilitares em áreas remotas da Colômbia.
Por sua vez, as relações diplomáticas entre Venezuela e Colômbia são praticamente inexistentes desde que Bogotá se uniu aos Estados Unidos e a outros países, como o Brasil, no reconhecimento do opositor Juan Guaidó como presidente encarregado da Venezuela em 2019.