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Em entrevista ao jornal Die Welt, Henry Kissinger, de 97 anos, que desempenhou um papel importante para abrir caminho no estabelecimento das relações diplomáticas formais entre os EUA e China em 1979, afirmou que é fundamental prevenir que a concorrência entre Washington e Pequim se torne um conflito máximo de inteligência artificial (IA).
Henry Kissinger © AFP 2021 / POOL / GERO BRELOER |
Kissinger afirmou que os Estados Unidos precisam manter o nível alto no desenvolvimento da inteligência artificial. No entanto, seria errado pensar que a China automaticamente superará o país na área da IA.
"Embora ambos os lados possam ter a capacidade teórica de vencer, nenhum dos lados opta por exercê-lo, eles devem limitá-lo por algum tipo de entendimento", disse o ex-secretário de Estados dos EUA.
"Lutem por isso, porque a alternativa de um conflito máximo assusta a imaginação. Os Estados Unidos devem sempre ter uma defesa adequada, mas no mundo da alta tecnologia, eles também devem trabalhar para a coexistência", disse Kissinger.
Ao mesmo tempo, o ex-secretário de Estado dos EUA declarou que aqueles que consideram que a política externa da China precisa ser enfrentada em todos os níveis e se esforçam para realizarem mudanças, gerariam "a resistência máxima" do lado chinês.
"Uma grande questão a ser considerar não é apenas impedir a hegemonia da China, mas também entender que se alcançarmos esse objetivo, que é o que devemos fazer, permanece a necessidade de coexistir com o país dessa magnitude", disse Kissinger.