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Israel fará "o que for preciso" para garantir que o Irã não adquira armas nucleares, disse nesta sexta-feira (16) o ministro das Relações Exteriores israelense, Gabi Ashkenazi.
A declaração de Ashkenazi ocorreu logo após a cúpula com os homólogos da Grécia e de Chipre, além de um representante sênior dos Emirados Árabes Unidos (EAU) em Pafos, Chipre. O ministro israelense acrescentou que as discussões giraram em torno das possibilidades de construir prosperidade e estabilidade na região.
"Também tivemos tempo para discutir os desafios que o Irã, o Hezbollah e outros extremistas representam para a estabilidade do Oriente Médio e para a paz regional […]. Faremos o que for preciso para evitar esse extremismo […] de triunfar, para evitar que este regime tenha armas nucleares", concluiu Ashkenazi.
Urânio a 60%
O aviso do ministro das Relações Exteriores israelense decorre horas após o presidente do Parlamento iraniano, Mohammad Bagher Ghalibaf, anunciar que Teerã conseguiu enriquecer urânio a 60%.
"Tenho orgulho de anunciar que os cientistas iranianos […] conseguiram obter urânio enriquecido a 60%", disse Ghalibaf.
De acordo com o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) celebrado em 2015, o enriquecimento de urânio era limitado a 3,67% para Irã. Após a saída unilateral dos EUA do acordo nuclear em 2018, ainda sobre a administração do presidente Donald Trump, o Irã anunciou a redução gradual de seus compromissos no âmbito do JCPOA e no final de 2020, entrou em vigor a lei iraniana que lançou a produção de urânio enriquecido a 20%, bem como a utilização de centrífugas mais potentes.