Sputnik
Três membros da Embaixada da Rússia em Bratislava, Eslováquia, foram obrigados a deixar o país em meio a um passo semelhante da República Tcheca, afirmou na quinta-feira (22) Eduard Heger, premiê eslovaco.
"Em concordância com a situação geopolítica atual, assim como com a situação na República Tcheca, três funcionários da Embaixada da Rússia em Bratislava devem deixar o território da Eslováquia dentro de sete dias", disse o premiê a repórteres.
Moscou disse estar fortemente desiludida pelos passos tomados por Bratislava, e que não tardará em responder.
"[Estamos] profundamente decepcionados com as ações hostis de Bratislava, que decidiu demonstrar pseudosolidariedade com Praga em um caso inventado. Nossa resposta não vai demorar muito para chegar", respondeu Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
A Embaixada da Rússia na Eslováquia afirmou que Moscou tem o direito de responder à medida e que Bratislava será informada em breve.
Em conversa com jornalistas, uma fonte do Ministério das Relações Exteriores disse que ainda não há uma decisão no sentido de também expulsar três funcionários da Embaixada da Eslováquia em Moscou. "Não confirmado", afirmou a fonte.
No sábado (17) Andrei Babis, primeiro-ministro da República Tcheca, acusou os serviços de inteligência russos de participar da explosão de 2014 em um depósito de munição em Vrbetica, justificando com isso a expulsão de 18 diplomatas russos do país. O Kremlin negou as acusações, e as considerou ultrajantes e infundadas.
Vitezslav Pivonka, embaixador tcheco na Rússia, anunciou esperar novas reuniões com Moscou para resolver os problemas existentes.
"Recebemos uma resposta oficial do Ministério das Relações Exteriores [russo]", disse o diplomata a repórteres após uma visita à chancelaria russa, aonde foi convocado no mesmo dia (22).
"O trabalho dos diplomatas é encontrar uma solução para tais problemas. Creio que temos a primeira reunião, e creio que haverá mais reuniões para resolver estas questões", comentou, em referência às expulsões por parte da República Tcheca, e garantindo que a situação poderá ser resolvida através de um processo divisório.