Sputnik
Na quarta-feira (28), o alto representante da União Europeia para as Relações Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell, disse que a comunidade "deixará abertos" os canais de comunicação com a Rússia, apesar dos desentendimentos.
"Queremos afirmar nossa disponibilidade para trabalhar sobre os assuntos comuns, isso é parte da nossa política em relação à Rússia […] Estamos prontos, se possível, melhorar nossas relações com as autoridades russas, se elas mostrarem uma verdadeira abertura, respeitarem nossos valores, nossos princípios", disse Borrell discursando perante os deputados na sessão do Parlamento Europeu.
O alto representante adicionou que considera necessário construir a comunicação em torno de três "conceitos-chave": contenção, oposição e interação.
O alto representante adicionou que considera necessário construir a comunicação em torno de três "conceitos-chave": contenção, oposição e interação.
É Moscou quem "aumenta a tensão, realiza campanhas de desinformação", afirmou Borrell. O diplomata apelou a Bruxelas para se preparar para momentos difíceis.
As relações da Rússia com alguns países da UE pioraram após as autoridades da República Tcheca terem acusado os serviços de inteligência russos de envolvimento nas explosões no armazém de munições em Vrbetice, no ano de 2014. Em meio a essas declarações, Borrell apelou a Moscou para se abster de atividades "que ameacem a segurança e estabilidade na Europa". Por sua vez, o Kremlin chamou as declarações de Praga de infundadas.
A República Tcheca declarou "personae non gratae" vários diplomatas russos. Depois, como gesto de solidariedade com estas ações, a Eslováquia e os países do Báltico também expulsaram diplomatas russos. Em resposta, a Rússia expulsou diplomatas desses países.