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A senadora de Guam, Telena Nelson, liderou uma investigação sobre a nova base militar dos EUA que está sendo construída em Camp Blaz, uma antiga base norte-americana na ilha que vem recebendo novas instalações. No entanto, o local abriga restos humanos, bem como preciosos artefatos históricos.
Base militar de Guam © REUTERS / U.S. Navy |
A nova instalação começou a ser edificada em outubro de 2020, e deve abrigar 5.000 fuzileiros navais.
Nelson, chefe do comitê legislativo que supervisiona a preservação histórica, enfatizou a importância de levar em consideração que o local escolhido para implantar a base é um museu vivo que conta a história da região.
"[...] Um museu vivo contendo artefatos significativos e restos mortais de nossos ancestrais que viveram e foram colocados para descanso eterno estão lá", disse a senadora.
Ela também pediu para que se "estenda a prática cultural da região" e que se mostre respeito, pois novos vestígios estão sendo escavados "após séculos de paz imperturbada".
O porta-voz da Marinha dos Estados Unidos, Anthony Ramos, abordou as inquietações, dizendo que adere a um protocolo para descobertas arqueológicas nos locais do projeto, lembrando que todos os trabalhos no entorno da escavação estão paralisados.
Segundo o porta-voz, quando uma descoberta é informada, é enviada a um arqueólogo de Camp Blaz para agendar uma visita à área: "Uma vez confirmado o local, a área é isolada e protegida por uma cerca provisória", disse Ramos.
Esta semana, o comitê da senadora Telena Nelson realizou uma reunião junto com a comunidade local e autoridades para tratarem da questão dos cemitérios espalhados pela ilha.
O Escritório de Preservação Histórica do Estado de Guam (GSHPO, na sigla em inglês) relatou que cerca de uma dúzia de cemitérios humanos datados de 1500 a.C. a 1000 d.C. foram desenterrados em locais de construção aleatórios em Camp Blaz em 2020.