Kylie Atwood e Kate Sullivan | CNN
O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, impôs nesta quinta-feira (15) novas sanções à Rússia e expulsou funcionários diplomáticos do país em resposta à interferência nas eleições e ataques cibernéticos russos.
O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, impôs nesta quinta-feira (15) novas sanções à Rússia e expulsou funcionários diplomáticos do país em resposta à interferência nas eleições e ataques cibernéticos russos.
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| O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, busca implementar pacote de US$ 1,9 trilhão | Tom Brenner/Reuters |
"O presidente Biden assinou uma nova ordem executiva de sanções para demonstrar a determinação do governo em responder e impedir todo o escopo das atividades estrangeiras nocivas da Rússia", disse a Casa Branca em um comunicado à imprensa.
Como parte do anúncio, os Estados Unidos apontaram formalmente o Serviço de Inteligência Externa da Rússia como a força por trás do hack da SolarWinds que afetou o governo federal e grande parte do setor privado.
O conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan disse à CNN que o objetivo de Biden é "fornecer uma resposta significativa e confiável, mas não agravar a situação".
Biden acredita que ele e o presidente russo, Vladimir Putin, deveriam realizar uma cúpula "para discutir todas as questões que nosso relacionamento enfrenta", disse Sullivan.
O presidente disse que os EUA e a Rússia podem ter uma "relação estável e previsível" e trabalhar juntos no controle de armas, completou Sullivan
"Acreditamos que, em conjunto, as ações que estamos tomando hoje e que a diplomacia mais ampla podem produzir um conjunto melhor de resultados para as relações EUA-Rússia", disse Sullivan.
Ligação para Putin
Na última terça-feira (13), o presidente dos EUA ligou para o líder russo com o intuito de normalizar as relações bilaterais.
Segundo o Kremlin, a ligação foi uma iniciativa de Washington. Na mesma conversa, eles teriam tratado sobre a cooperação no controle de armas, no programa nuclear do Irã, no Afeganistão e também em questões voltadas à mudança climática.
À CNN, Sullivan disse que Biden e Putin "foram diretos um com o outro, eles se entendiam" durante o telefonema.
"O presidente Biden não escondeu o fato de que tomaremos medidas esta semana, mas ele também indicou que quer chegar a essa estabilidade neste relacionamento e acredita que se o presidente Putin estiver preparado para fazer isso também, nós podemos encontrar um curso à frente que não leve a um ciclo de confronto ", disse Sullivan.
A CNN informou anteriormente que a administração Biden deveria anunciar sanções já nesta quinta-feira (15) contra indivíduos e entidades da Rússia, além de novas restrições financeiras e a expulsão de até uma dúzia de diplomatas russos dos EUA, em resposta ao ataque à SolarWinds e interferência eleitoral, de acordo com duas fontes familiarizadas com os planos.
Um dos motivos pelos quais a implementação dessas ações demorou mais do que o previsto é que a Casa Branca não estava satisfeita com as opções que o Departamento de Estado inicialmente apresentou e queria sanções mais ampliadas, disse uma autoridade americana familiarizada com os planos.
A Casa Branca anunciou uma análise da inteligência das "ações imprudentes e adversárias" da Rússia em uma ampla gama de áreas durante a primeira semana de Biden no cargo.
Outra fonte disse à CNN que o governo deve tomar medidas contra a Rússia na quinta-feira e está coordenando com aliados europeus.
