Nikolai Litôvkin | Russia Beyond
Em meados de março, a empresa russa Kronshtadt divulgou um novo veículo aéreo não tripulado, intitulado "Thunder". Este é o primeiro drone-líder desenvolvido na Rússia, e chefia uma frota de 10 drones de pequenas dimensões.
Thunder | Vitaly V. Kuzmin/vitalykuzmin.net |
"Esses drones são retornáveis, ou seja, eles voltam à base após cumprir a missão. A inteligência artificial do drones se comunica o tempo todo durante a missão, enquanto o 'Thunder' funciona como um centro de processamento de dados", explica o analista militar Dmítri Safonov.
As tarefas de cada drone podem ser alteradas durante as missões, os VANTs (veículos aéreos não tripulados) também podem transferir funções de liderança e fazer um intercâmbio de tarefas.
Armamentos de drones
"Há rumores de que o maior drone 'Thunder' poderá levar os mísseis russos ar-solo mais recentes X-38, que foram criados especialmente para caças de combate de quinta geração Su-57", diz Safonov.
Segundo os engenheiros do projeto, o drone "Thunder" tem quatro pontos de suspensão: dois sob os consoles da asa e dois dentro da fuselagem. De acordo com os dados oficiais, com peso de decolagem de 7 toneladas, o VANT pode levar uma carga útil de até 1,3 tonelada a até 800 quilômetros de distância.
O "Thunder" também poderá usar uma ampla gama de armas: novos mísseis teleguiados "Product 85", bombas guiadas KAB-250 e KAB-500.
"Os pequenos drones da armada liderados pelo 'Thunder' foram projetados para usar armas de alta precisão contra objetos terrestres fixos e móveis. Eles também podem desempenhar funções de alvos falsos para defender o 'Thunder', suprimir a defesa aérea inimiga, criar e controlar a linha de ataque, destruir rapidamente objetos de defesa aérea e realizar guerras eletrônicas", explica Safonov.
Corrida armamentista
Segundo Safonov, o objetivo dos militares russos é se equiparar a China e Estados Unidos no desenvolvimento de drones.
"Os norte-americanos já testaram suas frotas de drones em combate, enquanto a Rússia só agora está desenvolvendo análogos. Os militares russos percebem que estão atrasados nessa área, e é por isso que os engenheiros decidiram focar no desenvolvimento de armas contra os drones, que permitem não apenas destruir os VANTs, mas também desligá-los", completou Safonov.