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A Força Aérea de Autodefesa do Japão restringiu as interceptações de aeronaves militares chinesas, que agora serão realizadas apenas em caso de ameaçarem violar o espaço aéreo do país, segundo fontes do governo japonês.
© CC BY 2.0 / Forsvarsdepartementet / Caça F-35 |
Onde antes os caças japoneses interceptavam todos os aviões de guerra chineses que entravam nas zonas de identificação de defesa aérea do Japão, agora os aviões de Tóquio vão interceptar apenas as incursões chinesas mais provocadoras.
As interceptações japonesas de aviões chineses atingiram um pico de 851 em 2016, depois caíram para 675 em 2019 e baixaram ainda mais para apenas 331 em 2020.
O Ministério da Defesa do país pretende mudar a estratégia de mobilização das aeronaves para vigilância proativa, com o objetivo de se concentrar no treinamento avançado dos pilotos dos caças F-35.
De acordo com a fonte, a implantação dos caças norte-americanos F-35 reduziu a capacidade de Força Aérea japonesa, já que a aeronave foi considerada inadequada para decolagens de emergência.
"O F-35 não é adequado para decolagem de emergência e será difícil manter o mesmo desempenho que antes", afirmou uma fonte do Ministério da Defesa japonês à Kyodo News, segundo o portal Aerotime HUB.
O ministério também ressaltou que os caças devem ser confiáveis, decolar facilmente e rápidos para acompanhar as aeronaves chinesas, e que os F-35 não possuem nenhuma destas características, segundo a Forbes.
Desta forma, não restou alternativa a não ser mudar a estratégia do país, com o objetivo de aperfeiçoar a eficiência operacional. Sendo assim, a Força Aérea de Autodefesa do Japão vai monitorar as aeronaves que voam na Zona de Identificação de Defesa Aérea estabelecida fora de seu espaço aéreo usando radares de longo alcance em terra e aeronaves de alerta precoce.