Por G1
A Coreia do Norte fez testes com mísseis no fim de semana, informaram funcionários da Casa Branca a agências de notícias e jornais nesta terça-feira (23). Foi a primeira operação do tipo desde que Joe Biden tomou posse como presidente dos Estados Unidos.
A Coreia do Norte fez testes com mísseis no fim de semana, informaram funcionários da Casa Branca a agências de notícias e jornais nesta terça-feira (23). Foi a primeira operação do tipo desde que Joe Biden tomou posse como presidente dos Estados Unidos.
Equipamento militar é visto em desfile para celebrar o oitavo Congresso do Partido dos Trabalhadores em Pyongyang, na Coreia do Norte, em janeiro — Foto: KCNA via Reuters |
De acordo com o jornal "The Washington Post", os testes foram feitos com mísseis de curto alcance. A ação ocorreu apenas dias depois de encarregados da diplomacia e da defesa dos EUA visitaram a Ásia, inclusive com encontro com representantes da Coreia do Sul.
À agência Reuters, um funcionário do governo americano disse que o alerta faz parte das atividades militares "normais" da Coreia do Norte, e que os testes não fechariam uma possível porta aberta para diálogo entre a Casa Branca e o regime de Kim Jong-un.
Geralmente, quando testes do tipo ocorrem, o próprio governo norte-coreano ou observadores da Coreia do Sul detectam e avisam. Desta vez, o teste foi comunicado pelos funcionários dos EUA apenas dias depois.
Ainda de acordo com o representante da Casa Branca ouvido pela Reuters, o governo Biden vai traçar um plano de ação sobre a Coreia do Norte e ouvirá a Coreia do Sul e o Japão — dois grandes inimigos do regime de Kim.
Volta das tensões
A aproximação ensaiada entre EUA e Coreia do Norte no governo de Donald Trump em 2018 acabou se estagnando no ano seguinte, após as duas partes não conseguirem dar seguimento a um acordo.
O regime norte-coreano disse na semana passada que vai ignorar qualquer tentativa de contato feita pelos Estados Unidos enquanto Washington não abandonar o que chamou de "política hostil". E a irmã de Kim Jong-un, Kim Yo-jong, também advertiu os EUA a não "espalharem cheiro de pólvora" na Península Coreana.
No início deste ano, dias antes da posse de Biden, o regime norte-coreano exibiu armas em um grande desfile militar na capital Pyongyang.