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"No momento, nós fomos excluídos do projeto F-35. As peças mais importantes do projeto F-35 agora são produzidas pela Turquia, certas peças são fabricadas exclusivamente por ela. Isto é, se essas peças não forem produzidas na Turquia, a fabricação desses aviões será em princípio impossível", explicou o ministro.
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Ele também adicionou que a Turquia não viola nenhuns de seus compromissos, assim, o país continua a fabricação desses componentes.
De acordo com suas palavras, o Estado turco está aguardando a correção da injustiça que foi feita em relação à Turquia no âmbito do projeto F-35, portanto, os fabricantes não pararam o trabalho por causa da exclusão.
"Na questão de indústria militar, para nós é categoricamente inaceitável uma situação de dependência externa. Nós somos firmes quanto a nosso objetivo de virar um país 100% autossuficiente. Nós conseguimos aumentar a porcentagem de fabricação nacional de 20% para 70%", detalhou o ministro turco.
No momento, em muitos projetos acontecem situações em que a Turquia enfrenta o problema do embargo, tanto escondido como visível, no entanto, o país não deseja viver em condições de crise. Por isso mesmo, a Turquia determinou a meta de se tornar um país autossuficiente, "desenvolvendo as tecnologias de maior qualidade do mundo e vendendo-as", adicionou o ministro.
As entregas dos mais novos sistemas de defesa antiaérea russos S-400, que provocaram a crise nas relações entre os EUA e a Turquia, começaram em meados de julho de 2019. Washington exigia a anulação do acordo e, ao invés disso, a compra de sistemas norte-americanos Patriot, ameaçando adiar ou mesmo cancelar a venda de caças F-35 para a Turquia, bem como impor sanções. Ancara, por sua vez, negou fazer concessões e continuou as negociações sobre um lote adicional de S-400 russos.