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A presença dos militares dos EUA no nordeste da Síria visa assegurar a "derrota duradoura" do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) e eles não estão envolvidos na exploração dos recursos petrolíferos da região, anunciou o porta-voz do Pentágono, John Kirby.
"Exceto quando apropriado sob certas autorizações existentes para proteger civis, o pessoal ou contratados do DoD [Departamento de Defesa dos EUA] não estão autorizados a prestar assistência a qualquer outra empresa privada, incluindo seus funcionários ou agentes, que busque desenvolver recursos petrolíferos no nordeste da Síria", disse o porta-voz falando aos repórteres em uma reunião de imprensa em Washington.
Kirby esclareceu que os EUA têm no momento cerca de 900 militares na Síria, com seus números variando "diariamente devido a exigências operacionais".
Kirby esclareceu que os EUA têm no momento cerca de 900 militares na Síria, com seus números variando "diariamente devido a exigências operacionais".
Kirby também afirmou que a missão dos EUA na Síria "continua sendo obter a derrota duradoura do Daesh, e os membros do serviço dos EUA que estão lá estão apoiando a missão 'derrota do Daesh' na Síria, é para isso que eles estão lá, e estão trabalhando em conjunto com forças parceiras locais na parte nordeste daquele país".
A grande maioria da riqueza em petróleo e gás da Síria está concentrada no nordeste do país e agora está fora do controle do governo de Damasco, que precisa desesperadamente das receitas do petróleo para reconstruir o país de um devastador conflito civil apoiado pelo exterior. Antes da guerra, a Síria podia usar suas modestas reservas de petróleo para garantir sua autossuficiência energética e obter um lucro modesto através das receitas de exportação.
Exploração de petróleo sírio
Em 2019, após reenviar tropas norte-americanas desde a fronteira turco-síria para o interior da Síria, Donald Trump declarou repetidamente que as únicas tropas que os EUA tinham na Síria estavam lá para "levar o petróleo".
Em outubro desse ano, militares russos divulgaram um relatório detalhado sobre as atividades de contrabando de petróleo dos EUA na Síria, revelando que o Pentágono, a CIA e empreiteiros militares privados estavam trabalhando com forças curdas e empresas petrolíferas controladas pelos EUA para executar uma operação de contrabando de petróleo.
O empreendimento rendia mais de US$ 30 milhões (R$ 161,3 bilhões) por mês dos remanescentes da infraestrutura petrolífera local, que incluíam o campo petrolífero Al-Omar e o enorme campo de gás Al-Tabia, ambos situados na província de Deir ez-Zor.
A administração Biden deu continuidade à política da administração Trump de enviar tropas e suprimentos através de pontos de passagem ilegais na fronteira entre a Síria e o Iraque. Na segunda-feira (8), mídia síria relatou que dois comboios com um total de 59 veículos entraram no nordeste do país de duas direções diferentes, transportando equipamento militar e suprimentos logísticos.
As autoridades sírias têm exortado repetidamente os EUA e todas as outras forças estrangeiras que operam em seu país sem a aprovação de Damasco a se retirarem imediatamente, prometendo um dia restaurar o controle sobre todo o território do país, reconhecido internacionalmente.