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Pequim, que considera Taiwan parte de seu território, conduz missões praticamente diárias no canto sudoeste da zona de identificação de defesa aérea de Taiwan nos últimos meses, especialmente perto das ilhas Pratas, disputadas por Pequim e Taipé, informa a agência Reuters.
Caça de Defesa Nacional F-CK-1 Ching-kuo na base da Força Aérea em Tainan, Taiwan © REUTERS / ANN WANG |
Após nove aeronaves militares chinesas terem voado perto das ilhas Pratas na sexta-feira (19), o Ministério da Defesa taiwanês informou que teria registrado 11 aeronaves no dia seguinte – oito caças, dois bombardeiros com capacidade nuclear H-6, e uma nave antissubmarino – também perto das ilhas em questão. Adicionalmente, o ministério declarou que forças navais da China também teriam estado envolvidas, mas não deu mais detalhes.
A Força Aérea de Taiwan avisou as aeronaves chinesas para se retirarem do local, acionando sistemas de mísseis para monitor as atividades, informou o ministério, de acordo com a mídia.
Por sua vez, o gigante asiático ainda não comentou suas atividades nos últimos dois dias. Anteriormente, havia declarado que seus exercícios seriam uma resposta ao "conluio" entre Taiwan e os EUA, principal aliado internacional e fornecedor de armas de Taipé, bem como um treinamento para defender a soberania chinesa.
Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA reiterou no sábado (20) um apelo a Pequim para que "terminasse sua pressão militar, diplomática e econômica contra Taiwan", adicionando que a China deveria "primeiro entrar em diálogo produtivo com os representantes de Taiwan democraticamente eleitos", citado pela Reuters.