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O documento interno, marcado como "sensível", obtido pelo Daily Mail, relata que alegadamente todos os 33 batalhões de infantaria do Exército britânico, exceto um, têm falta de soldados para defender o país.
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Além disso, as principais unidades militares da linha da frente têm apenas metade do pessoal necessário para operações militares.
De acordo com o jornal, a situação desastrosa tem sido atribuída aos salários baixos dos soldados e à decisão de terceirizar o recrutamento e o entregar a uma empresa privada.
A unidade militar que tem pior classificação é 1º Batalhão, os Guardas Escoceses, considerado um dos mais prestigiados regimentos do Exército britânico, que precisa de 603 soldados, mas atualmente tem apenas 339 disponíveis para implantação operacional.
Muitos expressaram surpresa por, apesar da falta de pessoal, o governo do primeiro-ministro Boris Johnson se ter comprometido a reduzir ainda mais o número de militares da infantaria como parte de uma revisão da estratégia britânica de longo prazo.
A infantaria precisa no total de 14.984 soldados, mas, segundo dados, neste momento tem apenas 11.301 combatentes prontos para operações bélicas.
Tobias Ellwood, ex-ministro da Defesa e atual presidente da Comissão da Defesa da câmara baixa do Parlamento do Reino Unido, alertou para a situação: "A nossa infantaria está ficando menor. Queremos que a Grã-Bretanha se mantenha firme e lidere em um mundo em rápida transformação. Isto não pode ser conseguido se o número de soldados for reduzido e se cortarmos mais batalhões de infantaria", afirmou.
"Perder tanto pessoal nos afastaria efetivamente de uma participação significativa em importantes operações da OTAN. O papel da Grã-Bretanha no cenário internacional está em jogo e [também] as nossas relações com os EUA. Reduzindo nossas forças no momento em que o presidente Biden está reagrupando a determinação ocidental para combater ameaças crescentes comprometerá a nossa capacidade de avançar como um aliado valioso e confiável", frisou Ellwood.