Sputnik
A versão mais recente do principal tanque de guerra pesado dos EUA, o M1 Abrams, é tão pesado que pode ter seu transporte limitado.
M1A2 Abrams © AFP 2020 / Vano Shlamov |
Um relatório anual divulgado pela Direção do Pentágono para Ensaios e Avaliação Operacionais (DOT&E, na sigla em inglês) chamou a atenção para o M1A2 SEPv3, uma nova versão do tanque Abrams, com atualizações em seus sistemas defensivos e de direcionamento, entre outras melhorias.
"As modernizações do Abrams M1A2 SEPv3 geram preocupações quanto à sua adequação [...] O elevado peso limita a transportabilidade tática do tanque. O M1A2 SEPv3 não é transportável pelos veículos de recuperação atuais, pontes táticas ou transportadores de transporte pesado", informa o relatório.
Entretanto, o portal Defense News observou que, segundo o Escritório Executivo do Programa de Sistemas de Combate Terrestre, o novo tanque é "recuperável, capaz de superar pontes e transportável, sem novas restrições acima da atual frota de Abrams".
As modernizações visam corrigir as falhas no Abrams reveladas durante a invasão do Iraque em 2003, quando dezenas de tanques foram severamente danificados.
As limitações poderiam ser um problema real, já que o Exército norte-americano está apostando tudo na nova versão, segundo o portal Task & Purpose.
Enquanto isso, a mais nova versão de outro blindado do Exército norte-americano, o Bradley A4, está também apresentando problemas.
O DOT&E reportou que os testes operacionais revelaram que as baterias do veículo sofreram um superaquecimento devido à demanda de energia na nova versão, produzindo gases tóxicos dentro do veículo.
As modernizações incluem um novo motor, visão melhorada para os operadores e sistema de proteção ativa.
No ano passado, os EUA iniciaram sua quarta tentativa de encontrar um substituto para o Bradley, que nunca foi popular entre os militares devido ao grande número de limitações, muitas das quais ficaram patentes na guerra do Iraque.