Guilherme Venaglia | CNN, em São Paulo
O ministro enfatizou que o imunizante, apesar da eficácia global de 50,38%, obteve bons resultados ao mitigar o agravamento do quadro de saúde de quem contraiu o novo coronavírus.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello | CNN Brasil |
A Coronavac teve 78% de eficácia em evitar casos com necessidade de atendimento médico e 100% de eficácia em evitar casos moderados e graves.
"A vacina do Butantan vai ser muito importante, se aprovada pela Anvisa, porque ela vai nos trazer a tranquilidade de não agravar a doença", disse Pazuello, em transmissão ao vivo nas redes sociais junto com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Bolsonaro afirmou que, em caso de aprovação pela Anvisa, a vacina será distribuída pelo governo federal. “É o que a gente quer. A Anvisa certificando, nós colocaremos, rapidamente, de acordo com a disponibilidade do mercado, para todo mundo", afirmou.
A diretoria colegiada da Anvisa se reúne neste domingo (17) para analisar os pedidos de uso emergencial da Coronavac e da vacina de Oxford/AstraZeneca, este apresentado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
'Nosso' Butantan
A discussão política que esteve ao fundo das negociações para a aquisição da Coronavac não passou totalmente incólume. Durante a exposição sobre a situação das vacinas, o ministro da Saúde enfatizou que se trata do "nosso" Butantan.
Entidade ligada ao Governo do Estado de São Paulo, o Instituto Butantan é o principal fornecedor de imunizantes para o Ministério da Saúde. A parceria do Butantan com a farmacêutica Sinovac, para trazer a Coronavac ao Brasil, foi intensamente divulgada pelo governador paulista João Doria (PSDB).
"Nós temos três estruturas com capacidade de produzir vacinas: a nossa Fiocruz; o nosso Butantan, que o nosso Butantan, que está em parceria com a Sinovac; e uma empresa que está em parceria com o Gamaleya, na Rússia", disse Eduardo Pazuello.