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"Vocês verão a Marinha operando novamente acima do Círculo Polar Ártico de forma mais permanente", disse Braithwaite aos jornalistas.
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O secretário da Marinha disse que nos próximos anos Washington terá que "operar de forma mais assertiva" no Ártico para desafiar as "reivindicações" da Rússia e da China no Extremo Norte.
Ao ser perguntado se os EUA devem começar a conduzir as missões conhecidas como Operações de Liberdade de Navegação (FONOPs, na sigla em inglês) perto da costa norte da Rússia, Braithwaite comparou a situação na região com o que ocorre no mar do Sul da China, onde Pequim tem disputas territoriais com vários países.
"É mais ou menos a mesma situação no mar do Sul da China em que, quando olhamos as operações de liberdade de navegação e a possibilidade de operar em águas internacionais, os Estados Unidos reivindicam o direito de poder fazê-lo", afirmou secretário da Marinha.
"Isso nos leva até o [mar de] Barents e em seguida nos leva em torno de Barents e para cima até a península de Kola para estar mais presente naquela parte do mundo. Mais uma vez, onde as vias marítimas se abrem e a passagem do norte se torna navegável, a Marinha dos EUA garantirá que a liberdade de navegação exista para nossos parceiros", ressaltou.
Segundo Braithwaite, a principal vantagem dos EUA no Ártico são os submarinos. Porém, ele acrescentou que a Marinha dos EUA terá que alugar quebra-gelos dos aliados, enquanto a Rússia tem uma grande frota deste tipo de navios e a China constrói embarcações a um ritmo que os EUA simplesmente "não podem igualar", escreve portal Breaking Defense.
A Guarda Costeira norte-americana neste momento só tem dois quebra-gelos, e só um funciona depois que o USS Healy sofreu um incêndio em agosto. Os EUA não devem obter um novo quebra-gelo antes de 2024.