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Dentre as propostas estaria uma opção de ataque militar, o que exigiria um grande investimento orçamentário ao Ministério da Defesa de Israel.
© Foto / Indústrias Aeroespaciais de Israel/ Indústrias Militares de Israel |
A notícia, publicada pelo jornal israelense Hayom, aponta que o pedido do chefe do Estado-Maior das FDI, Aviv Kohavi, se deu logo após o Irã anunciar ao mundo na semana passada que iniciou processo de enriquecimento de urânio a 20%, o que vai além do limite estabelecido de 3,67% pelo acordo nuclear com o país persa de 2015.
É válido ressaltar que armas nucleares necessitam de urânio enriquecido a partir de 90%.
Da mesma forma, nesta semana o especialista em segurança nacional e membro do parlamento israelense Tzachi Hanegbi ameaçou o Irã, dizendo que seu país poderia lançar um ataque contra o programa nuclear caso os EUA voltem ao acordo abandonado por Trump em 2018, publicou o jornal The Times of Israel citando matéria do portal Kan.
Por sua vez, o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, já indicou disposição para retomar o acordo.
"Se o governo dos EUA entrar de novo no acordo nuclear, e isso parece ser a política anunciada agora, o resultado prático será que Israel estará novamente sozinho contra o Irã, o qual com o fim do acordo receberá sinal verde do mundo, inclusive dos EUA, para continuar com seu programa de armas nucleares [...] Obviamente que não permitiremos isso", disse Hanegbi.
Hanegbi fez conexão dos planos israelenses com operações já realizadas no passado.
"Nós já fizemos o que tinha que ser feito por duas vezes, em 1981 contra o programa nuclear iraquiano e em 2007 contra o programa nuclear sírio", acrescentou.
Ataque contra reator nuclear iraquiano
Em 7 de junho de 1981, em uma perigosa operação aérea, caças F-16 israelenses bombardearam um reator nuclear iraquiano construído com a ajuda da França pelo ex-presidente Saddam Hussein no Centro de Pesquisa Nuclear de Al-Tuwaitha.
Na ocasião, Israel temia que o Iraque viesse a produzir armas nucleares e as usasse contra sua população, de forma semelhante ao ocorrido durante a Guerra do Golfo, quando o Iraque lançou mísseis Scud contra Israel.
A ação, chamada de Operação Ópera, foi realizada de surpresa e sob autorização do então premiê israelense Menachem Begin. Por sua vez, o Conselho de Segurança da ONU condenou a ação.