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O Japão começou a desenvolver caças não tripulados controlados remotamente e planeja que até 2035 essas aeronaves já estejam implementadas e à disposição dos militares do país. Iniciativa seria uma resposta aos avanços da China em tecnologias militares, relata o jornal Nikkei nesta sexta-feira (1º).
Novo caça não-tripulado chinês J-31 © AFP 2020 / JOHANNES EISELE |
As empresas japonesas Subaru e Mitsubishi estão participando da pesquisa necessária para criar esses caças não tripulados. A Mitsubishi projetará um sistema de compartilhamento de informações entre aeronaves, enquanto a Subaru desenvolverá recursos de controle remoto e de voo. O Japão também pode cooperar com empresas do Reino Unido ou dos EUA, informou a mídia.
O Ministério da Defesa japonês tem como objetivo desenvolver aviões de combate em três estágios: primeiro, criar aeronaves controladas remotamente; depois combinar operações em que uma aeronave tripulada controla vários drones; e, por fim, projetar esquadrões totalmente autônomos.
Nikkei afirma que o Ministério da Defesa japonês investirá 2,5 bilhões de ienes (aproximadamente R$ 125,7 milhões) em tecnologia de controle remoto e de voo e outros 200 milhões de ienes (R$ 10 milhões) em tecnologia de inteligência artificial.
Enfrentando uma desvantagem significativa em números, o Japão, como muitos outros países, está acelerando as pesquisas relacionadas à defesa para conter o poder militar da China. De acordo com o jornal, a China possui mais de mil caças de combate de quarta geração capazes de atingir velocidades supersônicas, três vezes mais do que o Japão.