Sputnik
Agentes dentro dos EUA podem "responder" independentemente ao assassinato do general Qassem Soleimani, declarou na sexta-feira (1º) Esmail Ghaani, oficial que o substituiu como general do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), e comandante da Força Quds.
"O que vocês [EUA] fizeram, vocês criaram outra tarefa para os buscadores de liberdade do mundo inteiro, e é até possível que algumas pessoas dentro de sua casa [os Estados Unidos] [...] respondam ao seu crime", disse Ghaani, durante uma cerimônia que marcou o aniversário de um ano da morte de Soleimani, citado pela agência Press TV.
Ghaani não detalhou quem poderiam ser essas pessoas, ou como seria essa resposta.
Ghaani não detalhou quem poderiam ser essas pessoas, ou como seria essa resposta.
Vingança pela morte de Soleimani
O comandante do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, general Mohammad Baqeri, reiterou na quinta-feira (31) que não havia "data de expiração" para se vingar dos assassinos de Soleimani, e considerou inevitável a retirada dos EUA do Oriente Médio.
Por sua vez, Ebrahim Raisi, chefe do Judiciário iraniano, que está investigando os agentes que o Irã acredita ser responsáveis pela morte de Soleimani, também afirmou que os inimigos do Irã devem saber que não estarão seguros em nenhum lugar do mundo, e acrescentou que Donald Trump, presidente dos EUA, "não será imune à administração da Justiça".
"A hora e o local [de vingança] serão determinados pelas forças de resistência", afirmou.
Teerã prometeu anteriormente resposta à morte de Soleimani, tendo realizado ataques com mísseis balísticos a bases com soldados norte-americanos no Iraque em 8 de janeiro de 2020, mas sem ameaçar com assassinato direto de um oficial militar ou político dos EUA, com as autoridades iranianas referindo não haver ninguém de igual valor ao comandante da Força Quds.
Soleimani era uma figura querida em seu país natal, o Irã, com sua popularidade se estendendo muito além dos apoiadores do sistema de governo republicano islâmico do país, devido a seu sucesso contra extremistas jihadistas na Síria e no Iraque, ao lado do governo republicano secular sírio, das milícias xiitas e sunitas, dos curdos e até mesmo, indiretamente, da coalizão liderada pelos EUA.
"[...] É evidente que os Estados Unidos devem assumir a responsabilidade total por todas as consequências", comentou.