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Agora, o governo Biden revogou o compromisso de seu antecessor para a retirada total das forças norte-americanas do Afeganistão até essa data, reportou a Reuters, citando um oficial da OTAN.
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"Não haverá a retirada total dos aliados até o final de abril", afirmou.
No início de janeiro, o Pentágono confirmou ter cumprido uma das promessas de Trump ao reduzir o número de militares norte-americanos no Afeganistão para 2.500.
A retirada ocorreu mesmo com os esforços do Congresso dos EUA para manter os militares no país, alegando uma "avaliação de impacto" após a retirada das tropas norte-americanas.
"As condições não foram cumpridas [...] Com a nova administração dos EUA, haverá mudanças na política, a retirada precipitada será analisada e poderemos ter uma estratégia de retirada mais calculada", citou a fonte.
Fontes da OTAN afirmaram à Reuters que a questão do Afeganistão será um assunto importante na cúpula da aliança no próximo mês.
A OTAN estima que aproximadamente 10.000 soldados estrangeiros permaneçam no Afeganistão, devendo continuar no país após maio, mesmo com o acordo alcançado por Trump.
Logo após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, o governo dos EUA enviou tropas para o Afeganistão, acusando o Talibã de estar por trás dos ataques e apoiar o então líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden.
Desde o referido ano, forças de uma coalizão internacional têm combatido o Talibã no país. Contudo, em 29 de fevereiro de 2020, os EUA e o Afeganistão assinaram um tratado de paz que estabelecia a retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão, bem como das outras forças estrangeiras.
Talibã se manifesta
Por sua vez, o porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, afirmou que o grupo segue comprometido com o acordo de paz assinado em fevereiro de 2020, e que não quer escutar mais "desculpas" da OTAN.
"Se o acordo de Doha não for cumprido, haverá consequências e a culpa será daqueles que não honrarem o acordo [...] Nossas expectativas são também que a OTAN pense em acabar com esta guerra e pare de arrumar desculpas para prolongar a guerra no Afeganistão", afirmou.