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A entrega dos primeiros caças Gripen à Força Aérea do Brasil (FAB) serviu para anunciar uma grande mudança no equilíbrio do poder aéreo na América do Sul, cita a revista.
Jair Bolsonaro, presidente do Brasil, participa da apresentação do primeiro caça F-39E Gripen da FAB na Base Aérea de Brasília, em 23 de outubro de 2020 © FOTO / JULIO NASCIMENTO/PR |
Isso porque os brasileiros passaram a contar com 36 das 72 aeronaves encomendadas, permitindo com que a FAB tenha acesso a avançados mísseis ar-ar, bem como poderosos radares AESA e sistemas de guerra eletrônica.
Com isso, a Venezuela, que era considerada superior ao Brasil, deve passar a pensar em elevar suas capacidades de guerra aérea com novas aquisições, cita a revista.
Anteriormente, a Venezuela já havia mostrado interesse nos caças russos Su-35, contudo, a situação financeira do país torna esta aquisição um tanto difícil. Nesse caso, uma opção mais econômica seria a aquisição de jatos médios ou leves para substituir os caças norte-americanos F-16.
Outra opção para os venezuelanos seria a aquisição dos caças russos MiG-35 de geração 4++, já que estas aeronaves possuem grandes capacidades, além de ter custos operacionais relativamente baixos.
Além disso, acredita-se que o MiG-35 apresente vantagens em relação aos caças Gripen E, como, por exemplo, sua alta resistência, maior velocidade e capacidade de voar em altitudes mais elevadas, bem como sua manobrabilidade.
Outra aeronave que poderia ser adquirida pela Venezuela seria o caça chinês J-10C, que possui as mesmas tecnologias, contudo é mais barato e tem acesso a diferentes tipos de sofisticados mísseis ar-ar.
Vale ressaltar que a China ainda poderia oferecer à Venezuela o caça leve JF-17, uma aeronave leve e semelhante ao sueco Gripen, além de ter um custo operacional mais compatível para a economia venezuelana.