Por Angus Watson, Ben Westcott e Brad Lendon | CNN
O inquérito alega que tropas australianas estiveram envolvidas nos assassinatos ilegais de 39 civis ou prisioneiros no Afeganistão, em meio a uma "cultura de guerra".
Cúmplice dos EUA na ocupação do Afeganistão que já dura 19 anos, a Austrália admite tardiamente alguns dos crimes de guerra cometidos - Reprodução de tela da ABC australiana |
Falando em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (19) em Canberra, o chefe das Forças de Defesa australianas, general Angus Campbell, pediu desculpas ao povo do Afeganistão pela conduta descrita no inquérito.
"Isso teria devastado a vida de famílias e comunidades afegãs, causando dor e sofrimento incomensuráveis", disse ele.
A Força de Defesa da Austrália recomenda que a Polícia Federal da Austrália (AFP) investigue 19 indivíduos das Forças Especiais do país sobre 36 alegados crimes de guerra, incluindo assassinato e tratamento cruel de não combatentes no Afeganistão entre 2009 e 2013.
"Aqueles que foram supostamente mortos ilegalmente eram prisioneiros, fazendeiros ou outros civis. Este registro vergonhoso inclui supostos casos em que novos membros da patrulha foram coagidos a atirar em um prisioneiro a fim de obter a primeira morte daquele soldado, em um processo assustador", disse Campbell.
O relatório apresenta o que diz ser "informação credível" de que armas ou rádios portáteis foram algumas vezes colocados nos corpos das vítimas para simular que a pessoa havia sido morta em ação.
Campbell afirmou que aceitou todas as 143 recomendações do inquérito.
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