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A mídia síria relatou que vários mísseis israelenses disparados da direção das Colinas de Golã foram abatidos, enquanto os restantes acabaram matando vários militares.
© AFP 2020 / SVEN NACKSTRAND |
A conta oficial dos militares israelenses no Twitter emitiu uma advertência a Teerã, alertando a república islâmica de que estava sendo "observada", e que a inteligência israelense "pode confirmar que a unidade 840 da Força Quds iraniana, que faz parte da rede global terrorista do Irã, foi responsável pelos ataques com dispositivos explosivos improvisados na fronteira Israel-Síria esta semana, e em agosto de 2020".
Anteriormente, o Twitter das FDI postou o que chamou de "filmagem operacional" dos últimos ataques israelenses contra alvos do Exército 'iraniano' e sírio, na Síria, acompanhando fotos divulgadas anteriormente com o propósito de mostrar os alvos que foram atingidos.
Na manhã de quarta-feira (18), a mídia síria relatou várias explosões em Damasco, caracterizando-as como um ato de "agressão israelense". Tel Aviv, que normalmente não comenta sobre suas operações militares na Síria, Líbano, Iraque e outros lugares, ofereceu uma rara confirmação de que foi responsável pelo ataque, alegando que seus aviões de guerra haviam atingido "alvos Quds iranianos e das Forças Armadas da Síria".
Israel afirmou que os ataques de quarta-feira (18) danificaram armazéns, instalações militares, e baterias de mísseis terra-ar. A Síria informou que suas defesas aéreas repeliram o ataque, mas admitiu que três de seus soldados foram mortos e outro ferido, com "algumas perdas materiais" também sofridas.
Israel realiza regularmente ataques em solo sírio, alegando que as suas operações visam combater o entrincheiramento das forças "iranianas", ou "apoiadas pelo Irã", na república árabe.
Por sua vez, o governo sírio condena regularmente Tel Aviv pelas suas ações, enfatizando que é direito soberano de Damasco estacionar quaisquer forças estrangeiras que quiser em seu próprio território, acrescentando que a presença militar do Irã é limitada a assessores e assistência com armas, destinada a ajudar o país em sua batalha de quase uma década com grupos de jihadistas extremistas, tais como Al-Qaeda e o Daesh (grupos terroristas proibidos na Rússia e em muitos outros países).