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Na quinta-feira (19), analistas militares chineses afirmaram ao jornal Global Times que o teste dos EUA foi conduzido apenas em um cenário ideal e pode encontrar dificuldades ao enfrentar mísseis reais, incluindo mísseis mais avançados e hipersônicos.
Míssil chinês DF-21D © AFP 2020 / Greg Baker |
O interceptador Standard Missile-3 Block IIA, desenvolvido em conjunto pelas empresas de defesa Raytheon e Mitsubishi Heavy Industries, foi lançado a partir do USS John Finn durante a simulação.
Embora o teste tenha mostrado o nível avançado dos EUA na defesa contra mísseis balísticos, ele não terá um impacto significativo no atual balanço da dissuasão nuclear no mundo, afirmaram os especialistas chineses.
Os especialistas também destacaram que o teste ocorreu em um cenário ideal para os mísseis norte-americanos e que em um cenário real, com mísseis avançados e hipersônicos lançados de lugares desconhecidos, a eficácia do sistema norte-americano seria questionável.
Durante o teste, um ICBM tradicional foi usado, ou seja, ele não possui a capacidade de alterar ativamente sua trajetória durante o voo, o que facilita consideravelmente a interceptação, ressaltaram os analistas.
O teste marca um aumento nas defesas dos EUA contra mísseis norte-coreanos, mas também pode levar a Rússia e a China – há muito tempo desconfiadas das defesas antimísseis dos EUA – a desenvolver armas mais sofisticadas e a continuar acumulando armas, o que consequentemente alarmaria ainda mais o Pentágono.